do
anto da montanha
por
onde quer que eu ande
esse
amor me acompanha...”
São
Paulo, 29 de abril de 2018
Ontem
foi dia de caminhar com peregrinos do Caminho do Sol que caminharão
pela rota portuguesa até Santiago de Compostela em maio. Nessa
caminhada de despedida nos encontramos na esquina da Avenida Paulista
com a Rua da Consolação e fomos visitar o Museu do Futebol no
estádio municipal Pacaembu, depois voltamos até o shopping Center 3
onde descobri que há uma loja da Body Shop, visitamos o recém
aberto Instituto Moreira Sales e depois almoçamos numa hamburgueria
numa galeria próxima do centro cultural da FIESP e em frente o
Shopping Cidade.
Serão
sete peregrinos do Caminho do Sol que farão o Caminho de Santiago,
porém nem todos foram na caminhada. Contando comigo, a caminhada
reuniu 7 pessoas. Conheci melhor Tatiana e Zeca, a primeira colega
que encontrei foi Ana Paula, que percorreu o Caminho do Sol em
outubro do ano passado. Bolhas, dores no pé, dois ou três dias em
que foi de carro para a pousada seguinte, diversos dias em que
caminhou sem mochila, ela conseguiu completar a caminhada. E eu, sem
dores nos pés, parei antes da metade do caminho por bolhas nos
pulsos causadas pelo sol. Lamentei minha decisão até Tatiana dizer
que parei na hora certa pois o Caminho do Sol a partir de Elias
Fausto é muito mais aberto, recebe muito mais sol e meu problema só
tenderia a piorar mesmo com a blusa emprestada de Guerino. Outro
ponto aprendido foi que preciso de uma papete de verdade, não uma
sandália de salto estilo papete que usei ano passado. Uma sandália
de salto ocupa mais espaço na mochila do que uma papete comum;
aprendi também que não posso troca-la por chinelo de dedo porque
chinelo não é confortável em longas caminhadas. A papete substitui
a bota de caminhada em situações de desconforto, como me ensinou
Ana Paula com seu relato de peregrinação.
Ontem
foi a primeira vez que entrei num estádio de futebol, começamos a
visita ao museu passando pelo túnel entre o vestiário e o gramado,
sentindo as vibrações da torcida. O Museu do Futebol mostrou-se um
verdadeiro museu da cultura brasileira, fala das origens do futebol
no Brasil mas também das famílias e como a sociedade brasileira se
estrutura, se comporta. Não tem só futebol, tem até Jovem Guarda e
o coreano Psy. Você pode jogar futebol num pequeno campo virtual
interativo, chutar a gol e medir a velocidade do chute, conhecer
melhor seu time e saber da existência de outros mais numa seção
onde estão grandes fichas sobre os clubes brasileiros.
O
Instituto Moreira Sales procura mostrar a construção de São Paulo
em todos os aspectos: arquitetônico, social, cultural. Nove andares,
uma escada entre vidros, elevadores, duas exposições fotográficas,
um estúdio com dezenas de fotos e vídeos do acervo do Instituto no
nono andar, um cinema com várias salas no térreo ou subsolo. Tenho
medo de escadas envoltas em vidros, me aproximei com cuidado do
parapeito de vidro do mezanino para fotografar a vista daquela parte
da Avenida Paulista. No Pacaembu também temi ao passar pelo corredor
elevado em frente a entrada, mas consegui tirar foto da visão da
praça Charles Miller.
Uma
coisa que só percebi no dia anterior ao passeio, durante uma aula de
um dos cursos de Espiritismo que faço esse ano, é que durante a
peregrinação o que mais tenho é o auxílio e presença de Deus. Ao
contrário da minha intenção em ajudar o próximo durante o
caminho, o que mais ocorreu foi os próximos me ajudarem. Mesmo que
dificilmente algum companheiro de caminhada me esperasse ou
acompanhasse. Eles não foram as únicas pessoas que encontrei pelo
caminho. Deus age de diversas formas na vida de todos, cabe a cada um
fazer a própria parte rumo ao que deseja e confiar que Deus nos
enviará o que for necessário. Diversas vezes nossos desejos são
caprichos, o que queremos pode não nos fazer tão bem, outras vezes
precisamos aprender com as provações que a vida nos presenteia.
Minha
programação é comprar uma papete aventureira, consertar o rasgo da
minha mochila cargueira porque pode chover em julho, me preparar
melhor psicologicamente para completar o percurso, não gerar grandes
expectativas. Que eu saiba aproveitar cada dia.
“A
luz que vem do alto
aponta
o meu caminho
é
forte no meu peito
eu
não ando sozinho”
Fé,
Erasmo Carlos
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