domingo, julho 15, 2018

“Já podeis da Pátria filhos,

Ver contente a Mãe gentil!
Já raiou a Liberdade
No Horizonte do Brasil,
Já raiou a Liberdade
Já raiou a Liberdade
No Horizonte do Brasil!”

São Paulo, 8 de setembro de 2017

Ontem foi feriado da independência do Brasil e comemorei com a turma do Caminho do Sol caminhando pela cidade. Artur criou o percurso e nos convidou, estávamos em 5: Agiberto levou mochila e cajado, Solange, Claudia e eu estávamos apenas com mochilinha, Artur não carregava nada, apenas histórias pra contar e o percurso na cabeça.
Vó nos recebeu com seu cachorro Eros na saída do MASP e caminhou conosco até a lanchonete onde Solange e Agiberto foram lanchar. Saímos cerca de 8h35. Do MASP fomos ao parque da Aclimação, onde demos uma volta no lago. Foi minha primeira vez no parque, chegamos próximo às 10 horas e vimos muita gente caminhando e correndo lá. O parque é muito arborizado e saindo do entorno do lago encontramos muitos morrinhos.
Saímos do parque da Aclimação e fomos ao Parque da Independência, onde visitamos a Casa do Grito e encontramos Isabel nos oferecendo água geladinha. Ela mora perto do parque, iria nos acompanhar até o Jardim Botânico porém no caminho seus pertences caíram e ela preferiu voltar para casa. Antes de chegar na Casa do Grito tiramos foto de nós 4 em frente o Museu do Ipiranga. Artur nos contou a história do Grito da Independência, que não teve participação alguma do povo. O povo baiano, que lutava por independência soube que estávamos livres depois de 3 meses do episódio às margens do Ipiranga.
Na Casa do Grito Artur nos contou sobre a bandeira: a intenção era ter formas simples e parecer um olho. O criador olhou para o céu no início da noite e viu a combinação das folhas de uma Sibipiruna, suas flores amarelas, e o azul ao fundo. O céu do Rio de Janeiro na independência está estampado no disco azul da bandeira, porém o Cruzeiro do Sul foi retratado invertido para dar a ideia de que alguém de fora da Terra (Deus) está olhando o Brasil. Ao sairmos da Casa do Grito Artur perguntou se queríamos o percurso mais rápido para o Jardim Botânico ou o menos barulhento. Agiberto e eu preferimos o menos barulhento, as outras duas caminhantes não se manifestaram.
Perguntei a Artur se era boa ideia comprar chip de celular europeu pra ligar pra casa enquanto se caminha rumo a Santiago. Ele disse que há chips que funcionam na Europa inteira e outros mais baratos que ligam somente para a região X. Cheguei a conclusão de que com a chamada telefônica via Whatsapp minha vontade de ligar pra casa todo dia e falar 20 minutos com minha mãe estará sanada. Encaro o caminho português para Santiago no mínimo daqui a 3 anos, até lá o uso de dados móveis e o pacote mínimo tende a melhorar.
Paramos num barzinho para um rápido lanche. Claudia comeu um salgado, Solange uma água tônica, Agiberto e Artur um refrigerante, eu um sorvete mousse de maracujá. Claudia queria desistir, porém Solange e Artur falaram que dalí a uma hora estaríamos no Jardim Botânico.
Quando cheguei no Carrefour ao lado do shopping Plaza Sul comecei a ficar cansada: pensei que não chegaria, estava muito longe do destino. Porém 13h35 estávamos almoçando com outros amigos do Caminho do Sol no restaurante do Jardim Botânico. Foram 5 horas para percorrer 16,6 Km. Cheguei a conclusão de que o que pesa não é a distância, mas o tempo de caminhada. Os colegas sentiram o percurso difícil nas horas mais quentes, eu não vi dificuldades no percurso em si.
16h me despedi do grupo e fui para casa: queria um bom banho relaxante e descansar o resto do dia. Aproveitei que o primeiro ônibus me deixou na Saúde e comprei protetor solar com cor de base. Em casa não fui direto pro banho: fiquei de top e short por horas no sofá fazendo artesanato com minha mãe enquanto víamos TV. Banho mesmo fui tomar 18h, e a sensação das batatas das pernas formigando meio bobas passou bastante. Solange chegou em casa 19h, quando eu já havia preparado bolsa e mochila para trabalhar 6ª e meus programas de sábado. Sábado vou na Federação Espírita, no Lar Bartuíra e na Casa das Rosas.
Estou mais independente em relação ao início do ano. Preparando café da manhã para meus pais, tratando dos animais. Sei me virar na ausência dos pais e isso faz com que eles fiquem tranquilos para cuidar do sítio ou viajar para outros lugares.
Minha vida atual é trabalhar, estudar para concurso, fazer artesanato, preparar meu corpo para a peregrinação, estudar espiritismo, ser manicure voluntária no asilo, declamar poesia minha em sarau. Não tenho espaço para namorar, um romance só atrapalharia minha agenda. Por quanto tempo seguirei essa rotina? Até meus projetos serem executados ou meus objetivos serem atingidos. Demora mais de cinco horas diárias, porém é certo que um dia chego onde quero.

Brava Gente Brasileira
Longe vá, temor servil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.”
Hino da Independência do Brasil

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