Ver
contente a Mãe gentil!
Já
raiou a Liberdade
No
Horizonte do Brasil,
Já
raiou a Liberdade
Já
raiou a Liberdade
No
Horizonte do Brasil!”
São
Paulo, 8 de setembro de 2017
Ontem
foi feriado da independência do Brasil e comemorei com a turma do
Caminho do Sol caminhando pela cidade. Artur criou o percurso e nos
convidou, estávamos em 5: Agiberto levou mochila e cajado, Solange,
Claudia e eu estávamos apenas com mochilinha, Artur não carregava
nada, apenas histórias pra contar e o percurso na cabeça.
Vó
nos recebeu com seu cachorro Eros na saída do MASP e caminhou
conosco até a lanchonete onde Solange e Agiberto foram lanchar.
Saímos cerca de 8h35. Do MASP fomos ao parque da Aclimação, onde
demos uma volta no lago. Foi minha primeira vez no parque, chegamos
próximo às 10 horas e vimos muita gente caminhando e correndo lá.
O parque é muito arborizado e saindo do entorno do lago encontramos
muitos morrinhos.
Saímos
do parque da Aclimação e fomos ao Parque da Independência, onde
visitamos a Casa do Grito e encontramos Isabel nos oferecendo água
geladinha. Ela mora perto do parque, iria nos acompanhar até o
Jardim Botânico porém no caminho seus pertences caíram e ela
preferiu voltar para casa. Antes de chegar na Casa do Grito tiramos
foto de nós 4 em frente o Museu do Ipiranga. Artur nos contou a
história do Grito da Independência, que não teve participação
alguma do povo. O povo baiano, que lutava por independência soube
que estávamos livres depois de 3 meses do episódio às margens do
Ipiranga.
Na
Casa do Grito Artur nos contou sobre a bandeira: a intenção era ter
formas simples e parecer um olho. O criador olhou para o céu no
início da noite e viu a combinação das folhas de uma Sibipiruna,
suas flores amarelas, e o azul ao fundo. O céu do Rio de Janeiro na
independência está estampado no disco azul da bandeira, porém o
Cruzeiro do Sul foi retratado invertido para dar a ideia de que
alguém de fora da Terra (Deus) está olhando o Brasil. Ao sairmos da
Casa do Grito Artur perguntou se queríamos o percurso mais rápido
para o Jardim Botânico ou o menos barulhento. Agiberto e eu
preferimos o menos barulhento, as outras duas caminhantes não se
manifestaram.
Perguntei
a Artur se era boa ideia comprar chip de celular europeu pra ligar
pra casa enquanto se caminha rumo a Santiago. Ele disse que há chips
que funcionam na Europa inteira e outros mais baratos que ligam
somente para a região X. Cheguei a conclusão de que com a chamada
telefônica via Whatsapp minha vontade de ligar pra casa todo dia e
falar 20 minutos com minha mãe estará sanada. Encaro o caminho
português para Santiago no mínimo daqui a 3 anos, até lá o uso de
dados móveis e o pacote mínimo tende a melhorar.
Paramos
num barzinho para um rápido lanche. Claudia comeu um salgado,
Solange uma água tônica, Agiberto e Artur um refrigerante, eu um
sorvete mousse de maracujá. Claudia queria desistir, porém Solange
e Artur falaram que dalí a uma hora estaríamos no Jardim Botânico.
Quando
cheguei no Carrefour ao lado do shopping Plaza Sul comecei a ficar
cansada: pensei que não chegaria, estava muito longe do destino.
Porém 13h35 estávamos almoçando com outros amigos do Caminho do
Sol no restaurante do Jardim Botânico. Foram 5 horas para percorrer
16,6 Km. Cheguei a conclusão de que o que pesa não é a distância,
mas o tempo de caminhada. Os colegas sentiram o percurso difícil nas
horas mais quentes, eu não vi dificuldades no percurso em si.
16h
me despedi do grupo e fui para casa: queria um bom banho relaxante e
descansar o resto do dia. Aproveitei que o primeiro ônibus me deixou
na Saúde e comprei protetor solar com cor de base. Em casa não fui
direto pro banho: fiquei de top e short por horas no sofá fazendo
artesanato com minha mãe enquanto víamos TV. Banho mesmo fui tomar
18h, e a sensação das batatas das pernas formigando meio bobas
passou bastante. Solange chegou em casa 19h, quando eu já havia
preparado bolsa e mochila para trabalhar 6ª e meus programas de
sábado. Sábado vou na Federação Espírita, no Lar Bartuíra e na
Casa das Rosas.
Estou
mais independente em relação ao início do ano. Preparando café da
manhã para meus pais, tratando dos animais. Sei me virar na ausência
dos pais e isso faz com que eles fiquem tranquilos para cuidar do
sítio ou viajar para outros lugares.
Minha
vida atual é trabalhar, estudar para concurso, fazer artesanato,
preparar meu corpo para a peregrinação, estudar espiritismo, ser
manicure voluntária no asilo, declamar poesia minha em sarau. Não
tenho espaço para namorar, um romance só atrapalharia minha agenda.
Por quanto tempo seguirei essa rotina? Até meus projetos serem
executados ou meus objetivos serem atingidos. Demora mais de cinco
horas diárias, porém é certo que um dia chego onde quero.
“Brava
Gente Brasileira
Longe
vá, temor servil;
Ou
ficar a Pátria livre,
Ou
morrer pelo Brasil.
Ou
ficar a Pátria livre,
Ou
morrer pelo Brasil.”
Hino
da Independência do Brasil
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