sexta-feira, julho 27, 2018

Arapongas, bairro de Mombuca, 25 de julho de 2018

Hoje foi o dia sem mochila. Jorge nos acompanhou. Me perdi com Marcelo e Hugo duas vezes, quando tive dúvida sobre qual direção tomar. Voltamos para o caminho em todas as vezes, na segunda estávamos a 1 Km do asfalto de Rio das Pedras, pegamos o sentido oposto ao bairro de Arapongas. Pedimos ajuda e os funcionários da Raizen nos levaram até o encontro de Jorge e Sandra, pouco depois de onde nos desviamos.
Não tomei café preto e mesmo com as várias subidas do percurso não tive palpitações. Panturrilhas amanheceram com um resto de dor, tomei Ibuprofeno, elas chegaram ao destino sem dor alguma. Escápulas nem se fala, usei só a mochila de ataque com o mínimo, uma garrafa d’água extra e meu cantil.
Antes de sair Kalango me ensinou a ajustar corretamente a mochila, de um modo que não concentra peso algum na escápula, o peso fica na cintura. Testarei se realmente aprendi amanhã.
10 metros antes da área de descanso com banquinhos resolvo parar na sombra e comer uma maçã. Marcelo foi adiante, Hugo parou comigo, Jorge chegou com Sandra e foi o primeiro a dizer que não queria parar. Jorge saiu conosco de manhã e acompanhou Rossana e Sandra. Rossana parou e pegou carona com Kalango no ponto em que eu, Marcelo e Hugo nos desviamos do caminho.
Caminhar no canavial crescido é agradável, duas paredes formando um corredor só. O problema é a sinalização no canavial, por isso a compania de Jorge foi fundamental.
No almoço Artur nos explicou muito como funciona o Caminho do Sol, o voluntariado, os projetos... e eu e Sandra quase esquecemos de lavar roupa. Também visitamos o orquidário de dona Lenilda.
Hoje não usei meu aplicativo maluco, só observei os sinais. Kalango explicou o percurso melhor do que o guia impresso. E mesmo assim me perdi. Está difícil passar um dia sem errar o percurso. A diferença é que me sinto mais segura me perdendo em grupo.
Quem nos recebeu no albergue foram Artur, Erica e Job, que nos fotografou após a área de descanso. Antes do jantar Job nos presenteou com canções de ópera, pois é um tenor. Foi sua primeira apresentação de tenor vestido de peregrino. Daí fica a questão: quem são os peregrinos? A gente mal faz ideia de quem são as pessoas que cruzam nosso caminho. Nessa viagem procuro conhecer mais as pessoas, embora os lugares sejam bons e a experiência de caminhar me deixe feliz.
Essa foi a comemoração do 16º aniversário do Caminho do Sol, data de São Tiago Maior. Caminhada, comida muito boa, como nos últimos 3 dias, e música clássica.

P.S.: Um dia de baixo sinal de internet, outro sem acesso telefonico para receber SMS e validar entrada no blog, hoje teremos 3 abobrinhas.

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