sexta-feira, julho 27, 2018

Artemis, bairro de Piracicaba

Hoje foi um dia de cão. Nunca vi tanto cachorro no caminho. Encarei uma matilha no começo e me abaixei, coloquei uma mão no chão. Eles saíram pra dali a pouco me cercar novamente. Cansei. Se me abaixar toda hora não ando! Mudei a tática. – Então é isso, amiguinhos? Vão me seguir até Artemis?
Segui caminhando feliz. Passei a andar de peito aberto. Cada cachorro é um amigo, não importa o quanto lata pra mim.
Mais um dia sem mochila pra contornar o Monte Branco. Parti 6h30 e andei os primeiros 10 Km sozinha. Marcelo e Hugo me alcançaram na estrada de asfalto, depois que parei para passar protetor solar. Depois do asfalto mais uma estrada de terra, passam 2 pontes, vem um cruzamento com uma capela na esquerda, e surge o descampado. O grande descampado sem sombra com uma linha de árvores no horizonte. Onde o trajeto termina? Nas árvores. O Sítio São Sebastião fica nas margens do Rio Piracicaba. 3 quilômetros desesperadores de descampado - e eu pensando em visitar o deserto de Atacama... Cheguei com Marcelo e Hugo 12h.
Até tomar banho e lavar roupa todos chegaram. Conversamos bastante, postei as abobrinhas dos dias anteriores, almoçamos e gente! Nosso penúltimo dia de peregrinação! Quem diria?!
Marcelo comentou que o Caminho do Sol nem é tão bonito, mas é muito caloroso, acolhedor. Culpa dos anjos (voluntários) desse caminho! Você chega no início sozinho e ao longo da viagem se enturma com todos, esse é o brilho do Caminho do Sol.
Amanhã até vou à missa dos peregrinos 18h. A pousada Nossa Senhora Aparecida estava lotada, Carol reservou quarto para as mulheres em outra pousada. Voltaremos para casa domingo. Marcelo e Hugo voltam para o Rio de Janeiro sábado mesmo, depois do almoço.
Hoje Rossana terminou o trajeto sem carro de apoio! Contrariando o joelho que reclama o tempo todo. Sandra para poucas vezes para as bolhas não incomodarem. O trajeto não tem realmente muitos pontos de parada.
Hoje o céu nos brinda com um eclipse lunar. Que momento especial para viajar! Valeu a pena a teimosia de voltar de onde parei.

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