quinta-feira, agosto 24, 2006

comemoração ao primeiro ano de Abobrinhas Verdes


Frutos da Terra

Minhas idéias são abobrinhas
Brotam da terra a esmo
Colhidas verdes ou maduras
Nem todos sabem preparar
Nem sempre o sabor é de agradar

Alberto Caeiro apascenta ovelhinhas
Enquanto cultivo abobrinhas
Ele vê sem saber
Somos vizinhos próximos
Separados pelo atlântico oceano dos séculos

Abobrinhas não berram
Não chamam atenção
Não andam
Estão onde estão
Não são fofas ou bonitinhas
Estáticas e apáticas abobrinhas.

sexta-feira, agosto 18, 2006

Comemoração ao primeiro ano de Abobrinhas Verdes

Esse espaço é simples e merece uma festa simples, ainda que dure o mês inteiro. Numa festa simples a gente faz um bolo e chama os vizinhos. Aqui não tem bolo, mas 3 músicas para os

SÍTIOS VIZINHOS

"Tire seu sorriso do caminho
que eu quero passar com minha dor..."
(A Flor e o Espinho, de Nelson Cavaquinho)
Começando com um samba das antigas para quem se livra das tristezas por meio de arte. Especialmente quem escreve Camisa de Força da Gravidade do Problema, Histórias do Meu Eu, Quotidiano Intragável.

"Nosso dia vai chegar
teremos nossa vez.."
(A Fábrica, de Legião Urbana)
Para quem não tem vergonha de escrever sobre política. O assunto é bom, e esses vizinhos desejam entender a trama que nossas autoridades tecem. São eles: Conrado, Tiago Motta (Por Um Brasil Melhor), Verônica.

"Vou sair pra ver o céu
vou me perder entre as estrelas..."
(Busca Vida, de Paralamas do Sucesso)
Aos vizinhos que vêem um novo mundo a cada segundo. Os encantados pelas próprias descobertas escrevem A Estante Mágica de Ana, Palavra e Pensamento, Portal do Pensamento, Se a Vida é Melodia eu Moro no Refrão, Sempre Assim, Tubaranhão.

Sei que meus vizinhos se interessam por muitas outras coisas que não costumam escrever. Escolhi as músicas levando em conta o tema que mais aparece em seus sítios.

quarta-feira, agosto 09, 2006

comemoração ao primeiro ano de Abobrinhas Verdes

Cara de Palhaço
Reynaldo Jardim

Qualquer bala extravia da
encontra seu endereço,
Viver na cidade grande
tem seu custo, seu preço
O assaltante te pega
e te vira do avesso
ou a polícia te quebra
e te coloca no gesso.
Qualquer governo perdido
mostra total desapreço
pela pobreza do povo
que, de tropeço em tropeço,
cai na mais torpe miséria,
Sem remédio, sem refresco.
Inútil ser Sancho Pança
ou se fazer quixotesco,
que no final de história
você volta pro começo
Em cada esquina da vida,
um defunto ainda fresco.
Tudo bem organizado
segundo exige o contexto.
Logo se aperta o gatilho,
por dá cá aquela palha.
A justiça na cidade
demora e demora e falha
Vem um carro na contramão
atropela, estraçalha
Já se entra no hospital
levando a própria mortalha.
O dinheiro pra saúde
é sempre aquela migalha.
Privatizar não deu certo,
estatizar é um fracasso.
Vamos dando de presente
nossa terra e nosso aço.
O mundo virou um circo
o resto foi pro espaço
Pra gente sobrou o quê?
- Essa cara de palhaço.

terça-feira, agosto 01, 2006

Comemoração ao primeiro ano de Abobrinhas Verdes.

Foi dia 26 de agosto que escrevi pela primeira vez nesse espaço. O primeiro ano precisa de uma grande comemoração, por isso os textos de agosto virão explicar o pouco sentido desse caderno virtual. Para começar as festividades no maior gás, apresento

RESPOSTAS PARA PERGUNTAS QUE NINGUÉM FAZ.

Pela primeira vez em 3 anos não mudei endereço do meu caderno virtual, nem meu nick nesse pedaço. Foi difícil, por isso o sítio merece parabéns. E quem o cultiva também.

Recordo-me que ano passado também tive crise existencial antes do meu aniversário. Portanto minha vida continua nos eixos. Drácula me ajudou maravilhosamente em julho.

Se algum dia escrevesse um livro reunindo redações e poesias, seu nome seria Abobrinhas Verdes.

Posso escrever Abobrinhas Verdes, mas há quem filme "Tomates Verdes Fritos", "Amarelo Manga" e até "Marcha dos Pinguins". Cada coisa interessante...

Meu irmão tentou ofender-me chamando-me de palhaça. A primeira que me veio a cabeça foi Colombina.

Chega a ser um atestado de consciência. De que não precisa muito pra me enganar; de que no fundo sou romântica - embora deteste esse fundo; de que me derreto por Pierrot mas termino dançando com Arlequim; de que para maioria das pessoas meu nome não importa, muito menos meu rosto; de que me escondo pra não causar medo; de que, assim como os palhaços, sou exagerada.