domingo, agosto 26, 2007

TERRA VIRGEM

Esse espaço virtual foi criado há 2 anos. Dia 26 de agosto, segundo a astrologia, está sob o signo de Virgem. Portanto, meu sítio é virgem. Nem foi intenção criar uma terra virgem, no entanto percebo que astrologicamente isso há de ajudar esse espaço atingir seu único objetivo. Sistematicamente ou não.

Como terra virgem, tudo o que planto pega rápido, nem precisa muito adubo. Mas é necessário policiar o terreno e livrar-se das ervas daninhas, que só ocupam espaço. Isso faço uma vez por ano, quando limpo a parte dos sítios vizinhos.

Nesse segundo ano de produção, vejo que o detalhista sítio virginiano segue seu objetivo à risca: expõe as variadas abobrinhas que produzo.

Guerreiros são guerreiros

(Pitty)

Sou guerreiro

Eu não vim aqui pra pedir

O que eu quero eu vou conquistar

Se agora é hora de ir

Tô na estrada, sigo em frente

Eu não penso em fugir

E nem mesmo me consolar

Tenho medos e mesmo assim

Tô na estrada, sigo em frente

Sou guerreiro

Enquanto eu tiver chão sobre os pés

Enquanto eu puder caminhar

Enquanto eu puder estar viva

Enquanto minha hora não chegar

Talvez eu não vença o tempo todo

E ainda posso até cair

Só quero manter minha alma forte

Erguer a cabeça e seguir

Sou guerreiro

sábado, agosto 18, 2007

Acabar com a violência é possível

Mas isso não se faz com passeatas a favor da paz, ou qualquer tipo de protesto. A receita certa ninguém sabe. A experiência que segue deu certo, mas não é remédio pra tudo.

Um projétil cai perto de onde ela estava. Uma idéia. Pegou compasso, lapiseira, clip, régua e, no fim da tarde, TANAM! Surge um carro. Cuja produção iniciou-se em meio a uma guerra de giz de lousa.

As batalhas na sétima série eram freqüentes, começaram depois das férias. Ela aproveitava os espólios de guerra para matar o tempo fazendo carros, barcos, casas, e chegou a tentar máscaras de comédia e tragédia no mesmo giz. Uma das últimas esculturas que fez foi uma pequena casa, que embrulhou num papel de bala e deu de presente ao coordenador do grupo de teatro da escola. Ela não ligava para as obras depois de prontas. Fazia, mostrava a quem estava por perto, esquecia. No fundo continuavam tocos de giz, não serviam pra nada.

Um dia os olhos de um soldado valente (ou era civil inocente?) caem na concentrada escultora quando ela inicia seu trabalho. Virose artística pega só de olhar, nasce mais um escultor no meio do tiroteio. O tempo e as batalhas passam, até que a maioria da turma resolve esculpir giz.

Passaram a quebrar giz para esculpir, não para atirar. Só então a primeira escultora repara na falta de matéria prima, e acha engraçado todos resolverem esculpir giz. Não, ela não quebra nenhum giz do professor para continuar na brincadeira. Ela pára. Assim como as guerras de giz haviam parado. Encontra outra coisa para se distrair.

Em setembro o material didático dos professores já não era mais furtado. Nem por combatentes, nem por artistas. Dez anos depois do ocorrido, a artista percebeu que iniciou um movimento pacífico sem saber. Conseguiu parar uma guerra, sem querer.

quinta-feira, agosto 09, 2007

Infinito Particular
(Arnaldo Antunes, Marisa Monte, Carlinhos Brown)

Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou portabandeira
de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular

P.S.: Hoje é meu aniversário.