sábado, dezembro 31, 2016

“Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.

Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão...”

São Paulo, 25 de outubro de 2016

33 anos, início da vida adulta, o personagem em questão recebe um presente e 17 anos depois inicia a viagem que muda o rumo da sua vida. Frodo Bolseiro não iniciou sua viagem aos 33, mas aos 50, assim como seu tio Bilbo décadas antes. Ambos chamados pelo mesmo mago cinza, Gandalf. A idade ideal para viagens fantásticas é 50?
A idade ideal para grande viagens pode ser 30 anos. Meu mestre começou suas pregações sobre Deus, o amor e o mundo que virá – o que conheceremos após a morte - quando tinha 30 anos. Aos 33 ele fez sua última viagem. Voltou pouco tempo depois como havia prometido, para nos garantir que a vida não termina com nosso último suspiro. Voltou para dizer que amar o próximo e fazer o bem vale muito a pena, nos torna irmãos. Meu mestre veio ao mundo com uma missão: ser exemplo de vida para uma multidão por milênios. Alguns seguidores acreditam que ele nos salvou, eu acredito que somente quem segue seus ensinamentos consegue se salvar dos males e dores do mundo. Ele mostrou o caminho que leva a Deus, cabe a cada um trilhar esse caminho com os próprios pés.
Qualquer idade é ideal para mudanças: o ser humano muda constantemente. A questão é que nem toda mudança significa melhoria. Além disso, não é imprescindível viajar para mudar, até agora tenho mudado minhas atitudes e repensado minha vida sem realizar nenhuma grande viagem. Posso percorrer o Caminho do Sol e voltar sem nenhuma grande resolução de vida, pode ser apenas uma pequena aventura onde testarei meu corpo e minha habilidade social.
Não embarco nessa viagem em busca de iluminação, autoconhecimento, ou querendo um retiro da minha vida cotidiana. Embarco em troca da verdadeira aventura que é a vida. Não faço ideia de quem encontrarei no caminho, sei que cruzarei paisagens rurais mas não pesquisei exatamente quais. Li que em janeiro costuma chover, pois é verão. Será que usarei canivete? Terei bolhas nos pés? Ajudarei muitos companheiros ou serei mais ajudada? Como serão as cidades? Pensarei em desistir? Tenho noção dos desafios que encontrarei, relatarei como vencerei distâncias e problemas que surgirem.
Meu mestre e guia continua sendo Jesus. Ele não disse para peregrinar, disse para amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. No Caminho do Sol quero conhecer um pouco mais sobre as coisas que Deus criou e meu próximo. Pensando bem, posso começar a fazer essas descobertas agora mesmo e ser um agente de mudança, um instrumento da paz divina.

“Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.”
Oração de São Francisco de Assis

sexta-feira, dezembro 30, 2016

“Faça elevar

o cosmo do seu coração
todo o mal combater
despertar o poder”

São Paulo, 10 de outubro de 2016

Ontem corri 5 Km em 39 minutos na M5K, corrida e caminhada feminina promovida pelo Mc Donald's. A sensação que fica é: eu posso e quero mais!
Acordei 4h30 da manhã junto com meu pai, preparei café antes de chamar meu namorado, meu pai nos deixou na concentração da corrida 6h10. Disse a ele que queria chegar 6h, ele saiu bravo por demorarmos no café e sairmos em cima do horário mas se acalmou quando avisei que a largada era 7h. Meu namorado me ajudou a colocar o número de inscrição no peito, colocar o chip da corrida no pé – era uma tira de papel!, me ajudou a tirar foto, e ficou de guarda volume pessoal e fotógrafo me esperando no final da corrida.
Pensei que ao correr ficaria focada na respiração, meditando enquanto corria. Não foi só isso que fiz, havia muito no que prestar atenção: desviar de quem caminhava, respirar, acompanhar as marcas dos quilômetros mostrando minha evolução. No primeiro quilômetro verifiquei o tempo: legal, foram 5 minutos desde a largada. Respira, acaba a torcida na calçada, vejo a galera que já passou da metade da prova e está no outro lado da pista – bacana, muita gente conseguindo! Chega o quilômetro 2: tudo certo, estou mantendo o tempo, daqui a pouco chega a água. Cadê o ponto de água? Ele nunca chega? Minhas costas começam a suar, meu boné tá quente. Depois de entrar na pista de volta lá está o ponto de água. Pego um copo, tento tomar correndo mas decido tomar andando – quero a água toda. Não é que água faz uma diferença danada na corrida? Quanta disposição! Volto a correr, desvio de mais gente, vejo corredoras com short-saia, outra empurrava carrinho de bebê, algumas usavam saia de tule… Tem homem correndo também? Em plena corrida feminina? Que estranho… Quilômetro 3. Não adianta, não vou andar, não vou desistir, eu consigo. A pista ao lado já tem carros, o trânsito já foi liberado. Calma que está acabando, respira. Chega o quilômetro 4. Oba! Só falta um quilômetro! Passam corredoras animadas gritando, o pessoal do apoio grita animando também, vejo o pórtico de chegada. Fico tão feliz que corro um pouquinho mais rápido no final. Termino aos 42 minutos de prova. Porém no início passei o pórtico de largada quando a prova contava 3 minutos, horas mais tarde a organização manda SMS dizendo que no total demorei 39 minutos e 6 segundos para cumprir todo o trajeto. Missão cumprida.
Foi um ótimo tempo, uma primeira corrida muito boa. Não terminei esgotada, voltei a pé do Ibirapuera até a estação Ana Rosa. Nas últimas 3 semanas frequentei a academia 4 vezes por semana, caminhei 11,5 Km aos sábados voltando do curso de espiritismo para minha casa, no domingo anterior a prova tentei correr por 1 hora sem tomar água na pista de cooper do Ibirapuera – não consegui, caminhei rápido por um tempo. O esforço valeu a pena.
Um dos estandes do evento organizava grupos de corrida e treinos funcionais. Achei uma ótima pedida, passei meu contato sabendo que esse ano não terei tempo para treinar com eles, que juntam as turmas que treinam no meio da semana aos sábados de manhã na USP, formando um grupo maior. No preparo pro Caminho do Sol a receita para completar corridas é treinar na academia e no parque sempre que possível, minha agenda não permite nada diferente. Porém quando voltar da viagem posso me engajar no esporte e correr com algum grupo, só me fará bem.
Hoje começo novo treino para uma corrida de 6 Km no final de novembro, onde novamente terei 1 hora para concluir. Descanso de atividade física é coisa que meu corpo só conhece nas quintas-feiras, quando assisto palestra da Meta Real. Ao invés de três corridas farei somente duas, não quero me arriscar participando de duas no mesmo mês, com poucas semanas para o preparo e 1 quilômetro de aumento no trajeto.
Os preparativos para a viagem vão muito bem, é neles que mais penso. Dos itens que preciso comprar só me faltam as meias super super. O carregador solar que não funcionava foi devolvido, e a empresa devolverá o valor que paguei na fatura do cartão de crédito. Comprei mais um, de outra importadora. Espero que dessa vez funcione. O item ainda não chegou, o prazo máximo de entrega é o mesmo do cantil.
Quem diria! Antes de partir descubro que correr faz bem, e gosto da atividade. Que venham as próximas etapas.

“Sua constelação
sempre irá te proteger
supera a dor e dá forças para lutar”
Pegasus Fantasy, do anime Os Cavaleiros do Zodíaco

quinta-feira, dezembro 29, 2016

“Acima das nuvens

o tempo é sempre bom
e o Sol brilha tanto
que pode te cegar
eu quero estar
bem longe do chão
só pra não ver
você chorar

mas o ar é tão puro
que foge de mim”

São Paulo, 19 de setembro de 2016

Uma felicidade enorme tomou conta de mim, o Caminho do Sol está chegando. No último sábado (dia 17) participei da palestra na loja Mundo Terra em Moema, o palestrante foi Escobar. Ganhei 3 cupons de desconto para serem utilizados dentro de 1 ano, e uma lista de itens para a caminhada um pouco diferente da que fiz em 2014. Para minha alegria, no Caminho do Sol não é necessário levar saco de dormir, todos os locais de parada têm roupa de cama e cobertor. Caminhar 14 a 28 quilômetros por dia me parece animador, mais de dez mil pessoas já percorreram o Caminho do Sol, posso aumentar esse número.
Perguntei quanto tempo seria bom se preparar antes da viagem fazendo longas caminhadas, Escobar não deu uma resposta precisa mas o vendedor disse que um cliente caminhou diariamente 2 meses antes, cerca de 10 quilômetros por dia, e percorreu tranquilamente o Caminho do Sol. Edgar mostrou o guia do caminho que receberemos, e quem leu percebeu que ele é bastante explicativo, tem todas as direções a serem tomadas. O idealizador do Caminho do Sol, o Palma, costuma receber e conversar com o grupo de caminhantes no primeiro hotel em Santana de Parnaíba. Ele passa o contato dele para chama-lo caso algum acidente ou imprevisto ocorra durante o caminho, pois conhece todos os apoiadores da região. O grupo máximo de peregrinos é de 16 pessoas, e nessa jornada não se deve esperar encontrar sempre um hotel cinco estrelas para nos receber.
Na loja fui convencida a comprar 3 pares de meias super super (de tecido coolmax), que são especiais para longas caminhadas ao invés das meias de corrida que pretendia. São meias caras, como tudo na loja, mas valerão a pena - a bota que comprei na loja em Higienópolis nunca me deu bolha no pé. Gostei da pequena mochila impermeável e compacta de 5 litros que não comprei porque não é essencial na viagem, a loja não tinha o modelo certo da meia super super que foi recomendada, e a toalha compacta e superabsorvente que vi por um preço no site era de marca diferente e muito mais cara na loja. Antes de ir na loja pesquisei os itens que queria comprar lá, mas como nada estava no preço que pesquisei voltei sem comprar nada.
Cheguei muito cedo no ponto de ônibus mais próximo da loja mas me perdi, confundi esquerda com direita quando pesquisei o trajeto, dei uma volta enorme e acabei chegando próximo ao horário da palestra – meia hora antes do início. Me convenci de que Deus escreve certo por linhas tortas: a gente planeja uma coisa e a execução não acontece como o planejado mas o resultado é até melhor do que o esperado.
Tive outra prova disso quando meu namorado desistiu de ir no evento de anime no dia seguinte e nosso dia maravilhoso foi pedalar no Ibirapuera, voltar a pé, tomar um banho refrescante e almoçar feijoada com a família. Meus irmãos estavam lá e conversaram bastante com o bonitinho sobre histórias e filmes de super heróis. Tudo me deixou muito feliz, o domingo foi ótimo.
Calçada com minha bota de caminhada percorri 7 quilômetros e 300 metros do portão 6 do Ibirapuera até minha casa em 1 hora e 40 minutos com meu namorado. Levei braçadeira para voltar com o pedômetro ligado no celular mas fui convencida a deixa-lo na mochila por questão de segurança. No caminho paramos e tomamos meio litro d'água, vi que água será muito importante na caminhada e precisarei levar mais de 1 garrafa de meio litro. Nossa velocidade média foi de 4,4 quilômetros por hora. Preciso aumentar o ritmo se quiser completar a tempo a corrida feminina do McDonald's na qual me inscrevi depois de assistir a palestra do Caminho do Sol.
A corrida do McDonald's tem 5 quilômetros e o limite de tempo para concluila é 1 hora e 15 minutos. Soube dela no início do mês, na última vez em que fui ao McDonald's, desde aquele dia pretendo participar dela como forma de preparação para o Caminho do Sol. 5 quilômetros é pouco em matéria de corrida, o que me parece um ótimo começo. Hoje modificarei meu treino na esteira da academia: tentarei correr na velocidade de 7 quilômetros por hora pelo maior tempo possível. Porém antes de iniciar o treino pretendo conversar com a professora de educação física, para que ela dê opinião sobre o que pretendo fazer e quem sabe também altere a parte de musculação do meu treino. A Corrida e Caminhada Feminina McDonald's 5K 2016 será realizada em diversas cidades da América Latina dia 9 de outubro, às 7 horas da manhã. Meu trajeto será do portão do Ibirapuera próximo a saída da Assembleia Legislativa, passando pela Av. 23 de Maio e voltanto ao lado da Assembleia Legislativa.
O que aconteceu desde a última carta e esta que agora escrevo: meu namorado me deu aliança de compromisso e depois de eu dar um tiro no pé que quase acabou com nosso relacionamento dei-le uma poesia que ainda não declamei em sarau mas já publiquei no blog. Passei a inclui-lo nos meus planos pro futuro distante, coisa que antes do tiro no pé era condição facultativa. No concurso de Osasco consegui a posição 993, se a câmara municipal de lá prorrogar a validade do concurso em 2018 terá até 2020 para me chamar. Recebi tudo que comprei pela internet porém o carregador teima em não acumular carga através de luz solar. Ainda não reclamei com o importador.
Meu próximo passo é atualizar a lista de itens que levarei na viagem e pesquisar quais preciso comprar. Trabalhando, fazendo academia segundas e terças, voltando do metrô para casa a pé na quartas e sextas, voltando do curso de espiritismo a pé para casa aos sábados e repetindo o programa de exercícios do último domingo temo que não sobrará tempo para estudar para algum concurso público. Sei que encontrarei dificuldades para cumprir essa agenda de exercícios pois costumo sair com meu namorado às sextas e nos finais de semana, isso será mais um teste para minha persistência.

“Pode acreditar
eu agora sei voar
e num pé de vento
você vai me ver passar
pode acreditar”
30.000 Pés, Pato Fu

quarta-feira, dezembro 28, 2016

“Se eu me apaixonar

você não vai debochar
da minha
confusão...”

São Paulo, 25 de julho de 2016

Arrumei namorado e parei de jogar RPG. Joguei a aventura do Guilherme até o fim e participei só da primeira sessão da aventura do Bruxão, que foi a seguinte. Ontem Vini começou uma nova aventura da qual decidi não participar desde o início, visto minha ausência nas sessões da aventura passada. Saio muito com meu namorado nos finais de semana, adoro fazer piquenique nos parques e ele trabalha com eventos de anime. Para esses lugares levo lanches com patês vegetarianos e frutas secas.
Mal cozinho mas adoro culinária vegetariana, tenho 2 livros – dos quais ainda não fiz nenhuma receita. Sem contar o livro de receitas para serem servidas frias - são comidas para cozinheiros vingativos, já que a vingança é um prato que se come frio. Ainda frequento a Meta Real, porém consegui eliminar pouco peso. Tenho até o natal para pesar 60 Kg.
Se no início iria a Santiago de Compostela em 2017, hoje posso dizer que finalmente irei encarar o Caminho do Sol em janeiro de 2017. Estou próxima da primeira grande etapa rumo a Santiago, tenho executado esse meu plano de viagem com um atraso fantástico. Em julho a empresa deixou escolher meu período de férias, como janeiro também é mês de férias no curso de espiritismo escolhi esse mês.
Alguns itens da mochila mudaram: não levarei mais máquina fotográfica, caderno e caneta. Substitui essas coisas por um celular com internet 4G e um carregador de celular a luz solar. Meu plano é publicar no blog todas as cartas que escrevi antes de partir poucos dias antes da viagem e durante a jornada publicar meu diário de bordo direto do celular, com direito a imagens, já que meu celular também servirá de máquina fotográfica. Somente quando estiver em casa, todas as fotos (e somente as fotos)irão para o Facebook.
Meus amigos e os parentes mais próximos serão convidados a acompanhar minha jornada – divulgarei o endereço do blog a eles. Essa aventura passará longe das redes sociais, acredito que assim estarei mais segura e manterei minha privacidade. Ou seja: durante a viagem não entrarei no Facebook, lerei e-mails, mal conversarei pelo Whatsap; utilizarei a internet somente para atualizar meu diário de bordo. Com meus pais e namorado pretendo falar todos os dias por telefone.
O interessante é que assim como o que geralmente publico no Facebook, qualquer um pode ler o que escrevo no blog. Porém como poucos sabem que ele existe, pois não está vinculado à rede social, ele torna-se mais privado. Além disso no blog uso um pseudônimo, o que dificulta que o leitor aleatório do blog conheça quem escreve. Claro que tudo vai a baixo se mencionarem meu nome nos comentários do blog, por isso pedirei aos queridos que não façam isso caso não queiram que eu apague os comentários.
Comprei o celular e o carregador pela internet dia 23 de julho. A pesar de comprar tudo na mesma loja, como são produtos de fornecedores diferentes cada um tem uma previsão de chegada: o carregador chega no máximo dia 29 de julho e o celular dia 17 de agosto. O celular não é de última geração, mas tem 2 câmeras, internet boa, entrada para cartão de memória, e faz ligações telefônicas – posso chamar a ambulância ou os bombeiros se me acidentar feio. Postarei um teste no blog quando o celular chegar, estou ansiosa.
Enquanto isso estudo para o concurso da Câmara Municipal de Osasco; devo registrar que esse ano não fui aprovada em nenhum concurso que prestei.
Como ficará meu namorado enquanto viajo sozinha? Igual meus parentes e amigos: com saudades… mas nem tanta saudades assim porque nos falaremos todos os dias.

“Mas se eu sentir
que nós
estamos juntos
longe ou a sós
no mundo e além
pode crer que tudo bem
o amor
só precisa de nós dois
mais ninguém”
Pra você eu digo sim, Rita Lee

terça-feira, dezembro 27, 2016

“É

quando eu me encontro perdido nas coisas que eu criei
e eu não sei...”

São Paulo, 8 de outubro de 2015

Tirei férias em maio, fui para Caldas Novas, passar dois dias com meu pai no chalé do tio Vitor e para Monte Santo de Minas, visitar tia Neusa com minha mãe por uma semana. Não durei três meses nas aulas de Aikido, desanimei. Não pratico nenhuma atividade física. Outra coisa que desisti foi aprender violão. A empresa que me contrata está falindo, serei contratada por outra e nessa mudança ficarei um ano sem férias. Comecei a estudar para prestar concurso do Tribunal de Contas do Estado em dezembro.
Em maio comecei curso sobre espiritismo na Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP). Consegui todos os livros da codificação espírita (os escritos por Allan Kardec) em PDF, estou terminando de ler Céu e Inferno. Fiz redações e dois trabalhos em grupo. Tenho lido diversos livros espíritas e de fantasia, para variar o tema. A série fantástica da vez é Mundo de Tinta, da alemã Cornelia Funke. O que consome minha imaginação, além das poesias que escrevo para declamar no sarau, é jogar RPG com uma turma de vinte e poucos anos. Guilherme pretende escrever um livro com nossas aventuras.
Além de remédio para a cabeça, tomo remédio para o coração. Faz três meses evito ao máximo consumir cafeína para não ter taquicardia, entrei para o clube a arritimia e fiz poesia. De vez em quando como chocolate ao leite, mas o ideal é limar tudo que contenha cafeína. Falando em ideal, voltei a frequentar a Meta Real. Dessa vez assisto palestras junto com minha mãe, que já está mais leve do que eu.
Dia 12 é feriado, cai numa segunda-feira e combinei fazer trilha em Paranapiacaba com Michelle. A previsão do tempo diz que vai chover, vou mesmo assim. Faz tempo comprei câmera da Polaroid, o cartão de memória dela apaga aleatoriamente algumas fotos. Ontem comprei novo cartão de memória. Tenho intenção de começar a caminhar todos os dias de manhã com o simulador que deixo na sala sem usar, a programação da rádio Eldorado é boa às seis da matina. Esse final de semana vou pedir para mudar os móveis do quarto mais uma vez, para abrir espaço para o aparelho, que é pequeno se for comparado a uma esteira.
Hora de entrar numa fase de estudos e preparação física, focar no objetivo e deixar de adiar a felicidade. O que consegui até agora na vida é bom, mas precisa mudar.

“Ah,acordo pra trabalhar
eu durmo pra trabalhar
eu corro pra trabalhar”
Capitão de Indústria, Os Paralamas do Sucesso

segunda-feira, dezembro 26, 2016

“É...

de preto e branco eu vou
seja pra onde for
levar você amor”

São Paulo, 18 de fevereiro de 2015 – quarta-feira de cinzas

Voltei do carnaval de Monte Santo, foi minha segunda viagem com a mochila de 41 litros – a primeira foi na virada de ano de 2014 para 2015, para Conchas, São Paulo. Nenhuma caminhada, a mochila agora é minha mala oficial. No carnaval levei 4 mudas de roupa, uma sacola de creme e xampu, outra de maquiagem. As roupas sujas voltam numa sacola grande que mamãe sempre leva, nessa viagem a mochila voltou com 1 muda de roupa e 1 fantasia de odalisca. Desfilei com minhas tias e Luisa na última ala da escola de samba do Brás, em Monte Santo de Minas.
Não tinha planejado esse desafio, mas superei: atravessei a avenida sambando. Comecei a sambar na concentração e parei só depois que a bateria parou de tocar na dispersão. Tia Silvana não queria deixar o lugar. Konrado, pai e os tios tiraram foto da gente, foi bem divertido, a família toda nos acompanhou nesse dia. Na ala infantil desfilaram de verde Laura, Sarah e Juliana.
Faz tempo li “Diário de um Mago”, foi desapontador saber que Paulo Coelho fez o caminho porque seu mestre mandou e não por iniciativa própria. Ele caminhou até O Cebreiro, onde encontrou um portal que servia de final para quem quisesse parar. No início o portal servia para que os peregrinos doentes não se sacrificassem indo até Santiago. Agora estou lendo “Coincidências de Via Láctea”, de Francisco Theophilo, livro que tia Silvana emprestou. Caiu a ficha que dos 20 dias de viagem vou precisar de alguns dias sem caminhada para caso surja algum problema que me impeça andar, e para curtir a cidade de Santiago e Madrid também. Quero 5 dias de folga. Com isso, os 18 dias que passaria caminhando caem para 13. Preciso refazer os cálculos de distância, mas espero que com esse tempo iniciar a caminhada na Espanha antes dos mínimos 100 Km.
Tento emagrecer controlando o que como desde janeiro, mas ainda não consegui. Não pratico atividade física, pretendo começar a aprender Aikido em março. Esse esporte pacífico ensina defesa pessoal e fortalece além de manter a forma. Também pretendo participar das caminhadas mensais que a Associação de Confrades e Amigos do Caminho de Santiago de Compostela – São Paulo – Brasil promove. Ainda não sei quando serão minhas férias esse ano, espero que consiga tirar em maio, porque em abril presto concurso.
Da lista de coisas para a viagem, a única que comprei de agosto para cá foi a mochila. A princípio contava com a máquina digital de meu pai, mas ele não encontra. Vou comprar uma compacta, mais fina que a dele, ocupa menos espaço porém não tem pilha. Será que consigo recarregar a bateria no meio do caminho? Que venham os testes.

“Vem sentir a emoção
num sonho divinal
vou pro castelo de Taj Mahal”
Samba enredo de 2015 do G.R.E.S. Brás, de Monte Santo de Minas, MG

domingo, dezembro 25, 2016

“Me dê motivo

pra ir embora
estou vendo a hora
de te perder...”

São Paulo, 26 de agosto de 2014

Partirei, está decidido. Já faz alguns meses, deve fazer cerca de uma ou duas décadas que a ideia me atraiu para esse ano começar a colocar os planos no papel. Partirei.
Livros de fantasia e filosofia, o que busco é aventura, cultura. Tanto tempo viajando em páginas, chega a hora de viajar de verdade, conhecer a realidade. A catedral de Santiago de Compostela me espera pacientemente, depois de um caminho de oitocentos quilômetros.
Sem pressa, há muito a fazer antes de fechar a mochila embarcar para Espanha. Faltam três anos e duas viagens de teste antes do sonhado caminho, que ao final não será de oitocentos quilômetros pois descobri a rota de Madrid. Meus testes serão Caminho do Sol e Caminho da Fé, ambos no Brasil.
Caminho do Sol é uma peregrinação de duzentos e quarenta e um quilômetros feita em onze dias, de Santana do Parnaíba a Águas de São Pedro, no estado de São Paulo. Caminho da Fé leva até Aparecida do Norte (São Paulo) cortando um pedaço do sul de Minas Gerais. Na prática pode-se iniciar o caminho em qualquer cidade por onde ele passe, mas há cinco cidades no noroeste paulista que estão nos extremos: Aguaí, São Carlos, Sertãozinho, Mococa e Divinolândia. Partirei de Mococa, percorrerei quatrocentos quilômetros em dezoito dias até chegar em Aparecida do Norte. Por final minha peregrinação a Santiago começa em Simancas para terminar depois de dezenove dias e quatrocentos e setenta e seis quilômetros.
Porém cada passo depende do anterior e o crucial foi aprender espanhol entre dois mil e um e dois mil e quatro. Descobri o Caminho de Santiago numa aula e decidi pela rota de Madrid por não ser tão comprida além de bem sinalizada. Fiz faculdade, consegui estabilidade no emprego, voltei a pensar na viagem. Pesquisei rotas preparatórias, encontrei duas. Assisti palestra, descobri os itens que devo levar – são quarenta e cinco incluindo a mochila. Também foram passadas diversas dicas práticas. Pesquisei sites e mais sites sobre Caminho de Santiago, trens na Espanha, mochileiros, li “Campo das Estrelas”, de Celso Antonio de Almeida, que percorreu o caminho francês em 1999. Montei planilhas listando preços e etapas, uma aba para cada viagem. Comprei bota para caminhar, tenho até as próximas férias para adquirir todos os equipamentos. Não sei quando serão minhas férias, espero que sejam no primeiro semestre do ano que vem.
Primeira prova: duzentos e quarenta e um quilômetros em onze dias. Santana do Parnaíba a Águas de São Pedro. Poderei parar por aí e virar mais uma mochileira nas férias, poderei continuar meu plano e conhecer mais o mundo através de peregrinações. Depois dessa aventura alguma coisa em mim certamente mudará.
Ontem comprei o famoso “Diário de um Mago”, de Paulo Coelho.

“Pode crer eu vou sair por aí
e mostrar que posso ser bem feliz
encontrar alguém que saiba me dar
me dar motivo”
Me dê motivo, Tim Maia

sábado, dezembro 17, 2016

Vender o corpo

Deixarei minha vida miserável, venderei meu corpo.
Venderei apenas uma vez, não mais que isso. Somente o corpo, minha alma não está a venda nem será entregue de brinde a quem comprá-lo. Separá-la-ei completamente do meu corpo e venderei essa carcaça que me obriga estar entre os vivos. Não deixarei apenas minha vida miserável, deixarei minha vida por inteiro e partirei para outra livre leve e solta. Será um péssimo negócio, pois o que sobrará de mim não tirará nenhum proveito do suposto dinheiro que receberei.
O que as pessoas fazem com os corpos que não são delas originalmente? Atrocidades das mais perversas e horrorosas, nem queira saber. Mas se enjoam quando o corpo alheio esfria… ou não. Esses últimos são os mais infelizes.
Enfim, cedo ou tarde meu comprador chegará a conclusão que meu corpo perdeu a utilidade, já pode ser dispensado, ir para o lixo. Nessa hora, se meu comprador for um bom negociante, é quando ele obterá mais lucro:
Pedirá para um tecelão fazer um pequeno e resistente chicote com meus cabelos, e com esse apetrecho dará asas a sua sórdida imaginação quando resolver adquirir outros corpos.
Minha pele será cuidadosamente retalhada e vendida a pessoas que sofreram queimaduras graves.
Venderá minhas córneas para quem sofre de catarata. Meu ponto de vista será inútil.
A gordura do meu corpo será vendida para fábrica de sabonetes de luxo.
Meus pulmões de não fumante serão vendidos com ressalvas, pois quem mora em metrópole não consegue manter um pulmão muito limpo sob tanta poluição aérea. Entretanto o novo fôlego será garantido.
Meu coração será vendido a um desesperado qualquer que nunca pensará em suicídio. O feliz comprador amará a vida com todo seu ardor.
Meu fígado abstêmio também será vendido com ressalvas. Não tem gordura porém foi muito utilizado para metabolizar remédios. Assim como os pulmões, receberá a etiqueta de eficiente.
Meu pâncreas será vendido a um diabético alcoólatra, que meses depois reclamará que a aquisição não mudou sua vida por muito tempo.
Meus rins serão vendidos a preço de ouro, por funcionarem tão bem.
Meu útero saudável terá um preço acima do mercado. Será vendido a uma mulher desesperada para ser mãe que não ama nenhuma criança o suficiente para adotá-la.
Minha medula óssea não será vendida, essa parte do meu corpo já está empenhada em doação.
Meu sangue só tem utilidade se colhido com o corpo ainda quente, portanto não poderá ser vendido. Minhas fezes podem ser conservadas para fazer implante durante seis horas após colhidas naturalmente. Porém num corpo frio, fezes e sangue são lixo.
Meu cérebro ninguém vai querer. Inteligência artificial é mais barata, abundante e eficaz. Sem contar que ninguém precisa saber muito para viver tranquilamente.
O que sobrar meu comprador queimará, moerá e venderá como adubo.
Emfim pó.

“Que corpo é esse que já não se aguenta?
Que resiste ao limiar
Que desaba sobre si
Músculos e ossos
Poros e narinas
Olhos e joelhos
Seios, costas, cataratas
Suas torres de vigia
Que corpo é esse?
Que pulsa, escuta,
Expulsa, abraça
Expele, comporta, adequa
Contém, desarruma!
O corpo ocupa!
O corpo não é culpa
O corpo a culpa o espaço
Que corpo é esse?
Que protege, reage
Que é origem
Que é passagem
Que corpo é esse que já não se aguenta?
E se esgota
E não se resgata”

O corpo, a culpa, o espaço; O Teatro Mágico

sábado, outubro 15, 2016

Trovadores

O trovador é uma das figuras mais importantes na língua portuguesa. Trovadorismo foi o primeiro movimento literário desse idioma, português nasceu para falar de amor. A “Canção da Ribeirinha”, escrita em galego português pouco antes de 1200, é o primeiro registro de nosso idioma. Seria o espanhol uma língua emotiva por conter tantas vogais? Perceba que o português além das vogais possui raízes no trovadorismo. Desviou-se do espanhol para cantar dentro dos feudos o amor sem igual que cada um nutre por seu escolhido. Sendo assim, músicas e poesias românticas em português retomam as origens desse idioma sentimental.

Bardos da Galícia, Irlanda, Escócia, Gales, Bretanha e Cornuália; menestréis da França e Itália; possuíam as mesmas funções mas não foram tão importantes para a história do idioma que falavam quanto jograis e trovadores da península Ibérica. Todos faziam parte da mídia de 1200: disseminavam cultura, divertiam nobres e gentios.

Trovadores entretinham os palácios, jograis os povoados. Não cantavam apenas o amor: também haviam cantigas de escárnio e maldizer. A missão do trovador é traduzir amores e ódios do coração. Os trovadores de 1200 hoje são poetas, escritores, compositores, músicos, cantores, atores.

Português nasceu poesia, nasceu arte, nasceu para ser cantado, nasceu para tocar os corações de todas as classes sociais. Difícil entender português? Sim, para os estrangeiros pode ser difícil entender uma língua tão emotiva. Mas quem nasce falando a língua do coração tem facilidade em aprender qualquer outra, consegue encontrar sentido em qualquer linguagem, consegue sentir qualquer idioma.

sábado, outubro 08, 2016

O LIVRO DA VEZ É O Castelo das Águias, de Ana Lucia Merege

O Castelo das Águias é o primeiro livro de uma série em expansão. Os livros seguintes da saga são Ilha dos Ossos e A Fonte Âmbar por enquanto – a autora está escrevendo mais um para essa séria, para alegria dos leitores. A série conta a história de Anna, a Mestre de Sagas da escola de magia que é o Castelo das Águias. Se você gostar muito da personagem principal e quiser saber a história pregressa dela, leia Anna e a Trilha Secreta. Isso mesmo, a saga tem um prólogo. Quem curtir muito o ambiente também pode acompanhar o blog próprio desse livro em www.castelodasaguias.blogspot.com

Castelo das Águias localiza-se na cidade de Vindravan, nas terras férteis no sul de Althergard, a terra medieval com humanos e elfos que teve os primeiros esboços desenhados no livro O Jogo do Equilíbrio, o segundo livro que a autora publicou. Há ainda diversos contos e livros passados em Althergard, essa terra não gira em torno da escola de magia, e há ainda outras escolas de magia – só não recordo direito onde estão localizadas nesse reino.

Nossa protagonista conta sua história (e diversas outras) em primeira pessoa. Ela veio de Bryke, um povoado do norte de Althergard, próximo da Floresta dos Teixos e de uma cidade élfica. Quando ela chega na escola seus colegas de trabalho se decepcionam porque ela não é uma elfa. Sim, os sábios e mágicos elfos conhecedores de muitas histórias existem, e Anna até conviveu com eles na sua terra natal, mas ela é humana e pertence a uma tribo de caçadores guiados pelo espírito do lobo. Anna é uma jovem conhecedora e contadora de histórias, que tendo menos de 20 anos aceita o emprego e torna-se Mestre de Sagas do Castelo das Águias. Anna possui parentes elfos: foi criada por sua avó e aprendeu a ler com sua prima – prima essa que só entrou para a família porque casou-se com o primo de sangue de Anna. A mãe de Anna morreu numa guerra, e essa história não é contada no Castelo das Águias, que focaliza mesmo o início da vida adulta de nossa protagonista.

Qual a sensação de viver num mundo encantado sem nenhum poder mágico? Você levaria uma vida sem graça e seria uma pessoa indefesa? Longe disso. Nossa protagonista maneja o arco muito bem, e embora não faça magia carrega sempre alguns amuletos com os quais faz orações e se fortalece moralmente. A grande novidade dessa saga é mostrar uma heroína vinda de um lugar comum, sem nenhum poder mágico, nada que chame atenção – somente o vasto conhecimento em história de todos os povos.

As águias do castelo pertencem à floresta de Vindravan, os magos algumas vezes as encantam para que se tornem aves guerreiras e sirva ao exército de Scylix (cidade que fica na região oeste de Althergard) para defender o reino por alguns meses. Porém pouco tempo depois da chegada de Anna na escola de magia, o conselho da cidade se reune para decidir sobre a possibilidade de outras pessoas conseguirem uma transformação mais duradoura das aves para que elas sirvam o exército por mais tempo. Kieran, Mestre das Águias, é o responsável direto pela transformação das águias. Porém o diretor da escola não o escolhe como representante no conselho da cidade, devido ao seu grande envolvimento com o assunto escolhe um segundo professor mais imparcial. Quando se faz necessário que hajam 3 representantes da escola envolvidos nas negociações do conselho é que Anna e Kieran são convocados para a missão. Nenhum dos professores em questão são hábeis negociadores, nesse mundo de adultos estão todos aprendendo.

O soturno Mestre das Águias chama atenção de Anna desde o primeiro momento, aliás, muitas coisas chamam atenção de nossa protagonista, ela é bastante curiosa e atenta quanto aos costumes das pessoas. Porém nada a impede de cometer alguns erros e se atrapalhar, principalmente em questões sentimentais.

Na escola de magia os alunos não começam aprendendo magia, são antes iniciados nas artes dos saltimbancos, bardos e artesãos. A cada solstício os alunos montam peças teatrais celebrando o momento religioso e a conclusão do semestre; cabe à Mestre da Sagas criar o roteiro e dirigir tais apresentações. Sagas dos povos de Althergard é uma matéria básica na escola de magia, e ao longo do livro o leitor descobre a importância que histórias podem ter na vida das pessoas.

O leitor percebeu no início da resenha que mencionei vários livros de Ana Lucia Merege, quais desses eu já li? Castelo das Águias foi o primeiro, apesar de conhece-la virtualmente e acompanhar sua Estante Mágica desde o início dos anos 2000. Nos primórdios da criação dos blogs, achei o da Ana enquanto ainda escrevia um blog no IG. Depois apaguei, mudei meu blog de nome e servidor: fui pro Blogspot, que ao final foi comprado pelo Blogger, mas o endereço das minhas abobrinhas verdes segue inalterado. Durante todo esse tempo, de vez em quando sigo bisbilhotando A Estante Mágica de Ana, sem nunca encontra-la pessoalmente.

sábado, setembro 03, 2016

Bonitinho

Sem você minha vida é vazia
não adianta RPG, de nada serve poesia
nem cuidar do meu Chuchu pode salvar o dia
nada tem muito sentido sem a sua companhia.

domingo, agosto 07, 2016

TESTE

Chegou meu celular novo e este é um teste que faço antes de partir. Esta postagem foi realizada a partir do aparelho.

Partirei. Não pretendo ganhar o mundo, Deus já me deu antes de eu nascer, pretendo apenas conhece-lo de perto. Imagino que durante a viagem fatalmente me conhecerei melhor, hei de encarar o desafio.

Convido aos raros leitores de Abobrinhas Verdes acompanharem minha jornada em janeiro de 2017. O destino será informado quando a data de partida estiver próxima.

sexta-feira, agosto 05, 2016

Você não precisa ver televisão

Você pode ser bem informado sem assistir televisão. Existe computador onde se pode pesquisar o que bem entender, existe radio, jornal, revista.

O meio mais democrático de acessar informações é o computador e a internet. Nesse lugar não há ninguém lhe mostrando o que seria bom você saber, na internet você procura o que gostaria de saber.

Tanta coisa acontecendo no país, início das Olimpíadas e ontem lançaram o jogo Pokémon Go pra celular, o cantor e compositor Vander Lee morreu hoje de manhã, e tudo que preciso saber é como copiar texto do Word e colar no meu blog pelo celular.

Viver perigosamente é

atravessar a rua fora da faixa de pedestre.

sábado, abril 16, 2016

Em busca de AMOR

Decepção de uma consumista:
não há AMOR nesse mundo vil capitalista
:-(
só encontro Paçoquita

AMOR é denso e pesado
24 gramas num pequeno quadrado
AMOR é contradição: um doce salgado
AMOR dá energia: 140 calorias
AMOR é mais que açúcar, amendoim em sal
AMOR não se explica, é poético, é sentimental
quem experimenta parece boboca
e mal percebe que tem farinha de mandioca

O mundo vai mal, não é fácil encontrar AMOR
antigamente reinava em todas as padarias
AMOR, sonho e suspiro, poéticas iguarias
hoje só encontro AMOR em doceria especializada
só o Bom Baiano me salva nessa empreitada.

domingo, fevereiro 21, 2016

O que tenho me identifica?

A cultura capitalista dividiu a sociedade em classes de acordo com suas posses e seu poder de compra. Classes mais elevadas cultuam objetos caros, experiências adquiridas através do poder capital. Isso faz com que as camadas mais pobres também cultuem o consumo.
No princípio das civilizações algumas tribos cultuavam objetos pensando que eles possuíssem espírito, a sociedade moderna reconhece que isso é absurdo porém atribuiu aos objetos outro poder: o de evidenciar sua posição na sociedade. Num mundo de redes sociais ostentar bom status é fundamental, por isso o encorajamento em consumir cada vez mais e mostrar a felicidade que esse ato traz. O consumismo engloba todos os produtos, e ao incluir alimentos gerou uma sociedade com crise de obesidade, que ultimamente aceita tanto esse problema que popularizou moda para quem vive acima do peso.
Porém as consequências do consumismo são nefastas, pois com ele os recursos naturais do planeta se esgotam aceleradamente. Para preservar o planeta é preciso combater o consumismo e fazer com que a população perceba que o que a define como povo são as atitudes e escolhas que fazem, não as coisas que acumulam.