quarta-feira, outubro 16, 2019

São Roque da Fartura, Águas da Prata

A foto de hoje é uma amostra da maioria da paisagem que tenho encontrado. Esse local específico é zona rural de São Sebastião da Grama.
Terceiro dia de caminhada saí mais conformada. O café da manhã é servido sempre depois das 6, não tem como sair antes. A previsão é chegar 2 ou 3 da tarde na próxima pousada fazendo no meu ritmo de 4 Km por hora. Em outras peregrinações posso ter sido mais rápida, nessa primavera de 32 graus essa é a velocidade que consigo.
Saí 7h13 de São Sebastião da Grama, cheguei em São Roque da Fartura, bairro de Águas da Prata, às 13h50.
Se não me engano foram 3 trechos de asfalto. Nessas horas a gente caminha no sentido contrário aos carros. Tomei lanche debaixo do sol, pouco antes de uma curva, pouco depois do quilômetro 344. Fazia 4 horas estava caminhando. Decidi reabastecer minha garrafa da mochila e cantil na primeira oportunidade. Uma fábrica de câmaras de ar na beira da estrada pouco mais a frente foi onde entrei e enchi a cara d’água. Mais adiante veio o quilômetro 342 voltando para a estrada de terra. Pouco depois do quilômetro 388 encontro a primeira oferta de água no caminho. Seu Benedito Correa deixou uma torneira na placa ao lado de seu sítio, com um banco perto e sombra. O que ele deve receber de bençãos não está escrito. Pouco depois a estrada de terra acaba em cima de um morro e logo se avista a placa de divisa de município de Águas da Prata. Nesse retorno ao asfalto um homem na caminhonete parou e me ofertou água. Enchi meu cantil novamente, mesmo faltando menos de 2 quilômetros para a Pousada Paina.
A pousada fica na beira da estrada de asfalto, na direita, poucos metros depois do quilômetro 336. Cheguei sem erro. Ela também é ponto de parada para quem vem de Vargem Grande do Sul, que faz parte do ramal de Tambaú. Os donos Félix e Clair contaram que o caminho de Vargem Grande tem muito mais morro. Escolhi o ramal mais suave! Que benção!
Seu Félix tem um bom papo, ele e Clair percorreram o ramal de Tambaú em 2012, dona Clair com duas pontes de safena. Disseram que os peregrinos não têm hora para chegar. Ontem chegaram alguns 21h30, eu cheguei hoje 13h50, 17h chegou outro, nem sei seu nome ainda.
Amanhã terei mais companhia até Águas da Prata. Resta saber se ele topa tomar café da manhã 6h30.
No mais, vesti mal uma luva e o sol me brindou com uma pulseira vermelha. Minha mochila está desbotando de tanto sol que pega, o par de botas começou a descolar a biqueira depois de quatro anos de uso.

Um comentário:

Alison disse...

Eu não sei se vc já conhece o Caminho, amanhã verá lindas paisagens até Águas da Prata, tem pequenas trilhas, boa caminhada...