quarta-feira, outubro 09, 2019

“Não se afobe, não, que nada é pra já”


São Paulo 2 de setembro de 2019

Concluí que pedi para adoecer espiritualmente há cerca de cinco ou sete anos, quando tentando entender esquizofrenia comprei o livro A Loucura Sob Novo Prisma, de Bezerra de Menezes. Começou aí meu contato com obsessão espiritual. Consegui entender melhor o tema depois de anos estudando as bases do espiritismo. Na última semana em especial houve uma dinâmica em sala de aula sobre o livro. No curso de Educação Mediúnica estamos estudando obsessão. Além dele, acompanho curso online sobre o livro As Máscaras da Obsessão, de Marlene Nobre, oferecido gratuitamente pela Associação Médica Espírita do Estado de São Paulo (AME SP). Senti na pele o poder de minha vontade, o que é sofrer de obsessão específica. Finalizado esse tratamento, hoje começo o segundo: para obsessão mista, que envolve espírito e corpo. Piorei? Acredito que não, pois minha vida mudou bastante entre o início do tratamento e agora, especialmente na última semana.
No tratamento físico confiei no neurologista e na consulta de retorno ele disse que é normal as dores de cabeça aumentarem nas primeiras semanas, por volta da quinta ou sexta semana de uso o remédio atinge o ápice. Três dias antes do retorno as dores de cabeça pararam. Antes eu sentia no mínimo uma em algum momento do dia. Pensei em parar de tomar remédio, mas decidi continuar e recebi a feliz notícia de que tudo será normalizado até minha próxima caminhada.
Carolina sugeriu um caminho recém inaugurado próximo à Serra do Itaqueri, para os lados de Piracicaba, Charqueada, Rio Claro, Brotas e Torrinha. O Caminho do Mosteiro tem 134 Km, pode ser feito em 5 dias; a proposta é circular a Serra do Itaqueri para chegar no Mosteiro do Paraíso, em Torrinha. A caminhada inaugural foi concluída em 25 de agosto. Penso em percorrer esse caminho no carnaval de 2020.
O prédio onde trabalho teve horário de funcionamento reduzido, comecei a frequentar a academia antes do expediente. Nisso chegou meu xampu sólido e a experiência com ele foi ótima. Hoje comecei a marcar ponto com leitor biométrico e optei por um horário mais cedo para haver tolerância quanto a atrasos. No fim das contas frequentei a academia pela manhã somente durante uma semana.
Essa semana pretendo testar uma rede de academias depois do expediente. A intenção é me filiar a rede e frequentar academia depois de atender clientes como manicure. Vou consertar minha mala com rodinhas e me cadastrar num aplicativo para atender em domicílio. Farei renda extra para viagens e espalharei beleza além do asilo.
O xampu sólido é bem prático: um sabonete artesanal que lava cabelo, rosto e corpo. Chega de lavar a cabeça só com condicionador depois de um dia de caminhada ou depois de treinar na academia. Até a viagem ele fica em fase de testes. Testei também usar fralda como toalha e ambos produtos passaram com louvor no primeiro dia de teste: o xampu tira sebo, oleosidade e até mau olhado, depois deixa um suave perfume conforme o cabelo seca; uma fralda seca o corpo inteiro sem precisar ser torcida e até dá uma forcinha nos cabelos, o detalhe é que era a fralda mais humilde da loja.
A artesã passou um medo sobre o xampu dizendo que quem faz transição de produto industrializado para um sem parabenos sente mudanças, ela mesma levou dois meses para se adaptar. Faz tempo venho deixando os parabenos de lado: uso condicionador sem e quando preciso lavar os cabelos por dias consecutivos faço co-wash. A experiência do primeiro dia foi positiva porque talvez meus cabelos não tenham muito do que se desintoxicar; quando não frequento academia lavo no máximo duas vezes por semana e quando resolvo tratá-lo para ocasiões especiais faço umectação com óleo de coco; banho de creme é coisa que meu cabelo não vê tem mais de ano, mesmo tendo a mão um condicionador não agressivo que hidrataria muito bem.
Silvana e Luzia completaram o Caminho da Fé dia 21 de agosto. Luzia acendeu uma vela em Aparecida para Nossa Senhora cuidar da minha saúde, um dos melhores presentes que já recebi. Domingo fizemos um almoço na minha casa para conversar sobre a viagem. Elas gostaram tanto do Caminho da Fé que topariam repetir a dose comigo se eu fosse em 2021, porém meus planos mudaram mais uma vez.
Terei 20 dias de férias em outubro, e como ainda estou em tratamento contra cefaleia por esforço, além de frequentar três cursos espíritas, certamente poderei realizar uma caminhada leve nesse período. Não posso encarar boa parte do Caminho da Fé. Traduzindo: faço o ramal de Mococa até Águas da Prata em cinco dias, viajando para Mococa entre os dias 6 e 13 de outubro.
Caso não mude de empresa, em abril de 2020 poderei percorrer de Águas da Prata até Aparecida. Convidei no almoço, mas nem Silvana nem Luzia podem me acompanhar em nenhum desses períodos. Disseram que caçar companhia nos grupos do Facebook deu muito certo para elas, gostaram de conhecer Mônica dessa forma.
No almoço passaram dicas de quais pousadas evitar, quais gostaram. Disseram que percorriam 30 Km por dia porque o marido de Mônica fazia as vezes de carro de apoio, além de verificar na cidade seguinte as condições das pousadas. Nem todas aceitam cartão, é bom levar dinheiro e cheque. Os gastos com comida geralmente ficam na faixa dos vinte, dificilmente ultrapassam trinta Reais, nos planos iniciais chutei um bom valor para refeições.
Concluí que o melhor é planejar bem as paradas, ligar nas pousadas perguntando se aceitam cartão e fazer reservas antes, depois SEGUIR O PLANEJADO. Silvana e Luzia não reservaram nada e foram com quem encontraram no caminho, gostaram dessa liberdade. Eu não gostaria, traço planos para realizá-los custe o que custar.
Reservar com apenas um dia de antecedência não é bom para a logística de pousadas de cidades pequenas, mesmo o turismo sendo frequente na cidade. Se você não avisa, ninguém lhe espera, ninguém se prepara para lhe receber bem, ofertar boa cama e comida.
No domingo mesmo entrei nos grupos do Facebook, hoje abri um tópico procurando companhia no site Mochileiros.com, espero dentro de um mês encontrar companhia. O desafio agora é confiar no futuro, esperar que me traga boas companhias.

O amor não tem pressa, ele pode esperar em silêncio”
Futuros Amantes; Chico Buarque

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