sábado, dezembro 31, 2016

“Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.

Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão...”

São Paulo, 25 de outubro de 2016

33 anos, início da vida adulta, o personagem em questão recebe um presente e 17 anos depois inicia a viagem que muda o rumo da sua vida. Frodo Bolseiro não iniciou sua viagem aos 33, mas aos 50, assim como seu tio Bilbo décadas antes. Ambos chamados pelo mesmo mago cinza, Gandalf. A idade ideal para viagens fantásticas é 50?
A idade ideal para grande viagens pode ser 30 anos. Meu mestre começou suas pregações sobre Deus, o amor e o mundo que virá – o que conheceremos após a morte - quando tinha 30 anos. Aos 33 ele fez sua última viagem. Voltou pouco tempo depois como havia prometido, para nos garantir que a vida não termina com nosso último suspiro. Voltou para dizer que amar o próximo e fazer o bem vale muito a pena, nos torna irmãos. Meu mestre veio ao mundo com uma missão: ser exemplo de vida para uma multidão por milênios. Alguns seguidores acreditam que ele nos salvou, eu acredito que somente quem segue seus ensinamentos consegue se salvar dos males e dores do mundo. Ele mostrou o caminho que leva a Deus, cabe a cada um trilhar esse caminho com os próprios pés.
Qualquer idade é ideal para mudanças: o ser humano muda constantemente. A questão é que nem toda mudança significa melhoria. Além disso, não é imprescindível viajar para mudar, até agora tenho mudado minhas atitudes e repensado minha vida sem realizar nenhuma grande viagem. Posso percorrer o Caminho do Sol e voltar sem nenhuma grande resolução de vida, pode ser apenas uma pequena aventura onde testarei meu corpo e minha habilidade social.
Não embarco nessa viagem em busca de iluminação, autoconhecimento, ou querendo um retiro da minha vida cotidiana. Embarco em troca da verdadeira aventura que é a vida. Não faço ideia de quem encontrarei no caminho, sei que cruzarei paisagens rurais mas não pesquisei exatamente quais. Li que em janeiro costuma chover, pois é verão. Será que usarei canivete? Terei bolhas nos pés? Ajudarei muitos companheiros ou serei mais ajudada? Como serão as cidades? Pensarei em desistir? Tenho noção dos desafios que encontrarei, relatarei como vencerei distâncias e problemas que surgirem.
Meu mestre e guia continua sendo Jesus. Ele não disse para peregrinar, disse para amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. No Caminho do Sol quero conhecer um pouco mais sobre as coisas que Deus criou e meu próximo. Pensando bem, posso começar a fazer essas descobertas agora mesmo e ser um agente de mudança, um instrumento da paz divina.

“Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.”
Oração de São Francisco de Assis

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