terça-feira, setembro 15, 2020

Estatística doentia - dia 6

A dor que resolveu aparecer hoje foi nos quadris, bem na articulação com as pernas. Uma dor leve, desde manhã. A dor de cabeça sumiu.

No café da manhã minha mãe mostrou-me um vídeo que recebeu onde uma suposta médica receitava um senhor coquetel para quem mal apresenta sintomas de COVID como eu. Prefiro seguir as orientações do meu médico aos videozinhos de corrente. Ele bem falou dos remédios mencionados pela suposta doutora do vídeo. Se a dor que sinto no quadril aumentar, tomarei a dose única de paracetamol, que é como venho tratando minhas dores.

Quem é o fulaninho do vídeo? Como ele me prova sua identidade e índole? Prefiro seguir as orientações do profissional que me atendeu. Sei que ele estudou pra isso, ganha a vida atendendo pessoas, conhece a doença e o tratamento melhor do que eu e minhas pesquisas.

Com a facilidade em se fazer pesquisas os médicos perderam um pouco a credibilidade. O paciente chega no consultório com o diagnóstico e a receita, querendo apenas uma receita para comprar remédio. Remédios são a salvação da vida. Eu não quero remédio! Queria não precisar de nenhum, poder doar sangue a cada 3 meses, fazer o bem para uma porção de gente somente por estar bem de saúde. Sou da política de que quanto menos remédio tomo, melhor estou.

Confio nos médicos que encontro. Nas experiências deles, na vocação e competência que os levou a essa profissão. Sou paciente que chega com diagnóstico na consulta? Sim. Sou paciente que contesta diagnóstico? Sim, e mudo de médico para receber explicações melhores. Mas sempre confio na receita. Como sempre penso que não preciso de remédio, não penso nem pesquiso nenhuma substância que possa me ajudar. Geralmente não pesquiso remédio ou tratamento algum, seja alopático, seja natural.

Meu interesse em tratamentos naturais são mais relacionados a beleza do que a saúde. Interesso-me por cosmética natural, tratamentos de beleza. Tratamentos e procedimentos que não reparam danos graves no corpo, apenas tratam a superfície de forma gradual e lenta. O ponto não é resolver um problema, mas melhorar o que se tem. Ou usar algo que está em abundância, algo de fácil acesso e baixo custo.

Delta está mesmo cego, segundo análise do veterinário por Whatsapp. Ele não canta, não sobe no poleiro, dificilmente fica em pé. Gosta de ficar encolhidinho perto da comida. O bebedouro está no nível do chão para facilitar a vida dele. Precisará de tempo para ele se acostumar com a nova realidade. Não percebe a aproximação de ninguém, nem se colocar a mão dentro da gaiola. Se não está muito perto dele, ele não reage. Meu pássaro preto vive na escuridão, pobrezinho. Não pode mais admirar o céu. Vida muito triste, sofrida. Primeiro ele perde a liberdade, depois de anos ele perde as cores do dia. Resta esperar que ele supere essa perda. Ele ganhou os corações de várias pessoas, não sou a única que o quer bem.

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