domingo, outubro 25, 2009

O FILME DA VEZ É

Watchmen. Tão agradável quanto o primeiro Matrix da trilogia.

Tem heróis, vilões, personagens complexos. Tem fundo histórico – a saudosa década de 80 – mas não se esqueça que é pura fantasia. Tem política pra deixar a trama intrincada, tem romance para as mulheres suspirarem, sexo pros homens pirarem. Pros homens tem carnificina crua, que é o que realmente ecita, além de uma boa dose de porrada. O que me fez liga-lo a Matrix foi a filososia e o existencialismo encarnados em Dr. Manhatam, o mutante indestrutível super power cuja fraqueza é a emoção.

Ou seria a mente? Enfim, convença-o e Dr. Manhatam fará o que você quiser. Manipula-lo é muito difícil. Ele vê o futuro, mexe no tempo, nas energias, teleporta coisas... isso por si só pira a cabeça de qualquer um. Porém ele já era pirado antes de ganhar poderes: um físico que sofreu acidente com radiação nuclear. Falei que o filme tem fcção científica? Enfim, me amarrei no existencialismo desse personagem, o cara azul me cativou. Quem me contou da existência de Neil Gaiman usava o nick de Dr. Manhatan, por isso desde o início queria saber quem raios era esse personagem.

Uma pena que a heroína da trama seja um tanto libertina, daí parece uma putinha pra quem não pára para analisar o ponto de vista dela. O narrador é fantástico, o irmão bastardo da heroína. Ele escreve um diário e não usa roupas de látex, mas sobretudo, chapéu e uma máscara muito doida. O mais extremista, o único que não é manipulado – mas fica com a imagem de louco do grupo, por isso ninguém o ajuda no início.

O filme trata de heróis aposentados. Começa com a morte de Comediante. Mais uma vez um palhaço sem noção põe ação no circo. Vi essa fórmula em “Batman – Cavaleiro das Trevas”, e nesse mesmo filme encontro o mesmo final onde o herói de verdade se faz de vilão pra o bem da população. Contei o final? Acho que não, esse filme demora pra acabar.

Wartchmen foi uma revista em quadrinhos, que fez sucesso há 30 anos mais ou menos. Personagens complexos, enredo muito bem bolado, puxando pra realidade. Existencialismo, ação, carnificina e romance no mesmo pacote. Simplesmente um filme perfeito.

Um comentário:

Verônica disse...

Humm, parece bom!