sábado, agosto 18, 2007

Acabar com a violência é possível

Mas isso não se faz com passeatas a favor da paz, ou qualquer tipo de protesto. A receita certa ninguém sabe. A experiência que segue deu certo, mas não é remédio pra tudo.

Um projétil cai perto de onde ela estava. Uma idéia. Pegou compasso, lapiseira, clip, régua e, no fim da tarde, TANAM! Surge um carro. Cuja produção iniciou-se em meio a uma guerra de giz de lousa.

As batalhas na sétima série eram freqüentes, começaram depois das férias. Ela aproveitava os espólios de guerra para matar o tempo fazendo carros, barcos, casas, e chegou a tentar máscaras de comédia e tragédia no mesmo giz. Uma das últimas esculturas que fez foi uma pequena casa, que embrulhou num papel de bala e deu de presente ao coordenador do grupo de teatro da escola. Ela não ligava para as obras depois de prontas. Fazia, mostrava a quem estava por perto, esquecia. No fundo continuavam tocos de giz, não serviam pra nada.

Um dia os olhos de um soldado valente (ou era civil inocente?) caem na concentrada escultora quando ela inicia seu trabalho. Virose artística pega só de olhar, nasce mais um escultor no meio do tiroteio. O tempo e as batalhas passam, até que a maioria da turma resolve esculpir giz.

Passaram a quebrar giz para esculpir, não para atirar. Só então a primeira escultora repara na falta de matéria prima, e acha engraçado todos resolverem esculpir giz. Não, ela não quebra nenhum giz do professor para continuar na brincadeira. Ela pára. Assim como as guerras de giz haviam parado. Encontra outra coisa para se distrair.

Em setembro o material didático dos professores já não era mais furtado. Nem por combatentes, nem por artistas. Dez anos depois do ocorrido, a artista percebeu que iniciou um movimento pacífico sem saber. Conseguiu parar uma guerra, sem querer.

4 comentários:

Anônimo disse...

Nossa, de verdade... o texto parece bom, mas eu não entendi direito. Talvez seja porque ainda é cedo, e meu cérebro não esteja muito bom, mas outro dia eu tento de novo. Bjos!

Anônimo disse...

Puta! Tô tentando comentar esse texto há um tempãooooo. Vamos ver se agora vai.
Achei muito criativo, bem escrito. E quem dera as guerras paracem assim - Com todo mundo seguindo os passos de uma líder, que no caso talvez nem saiba que é realmente uma líder.

Beijos!

Anônimo disse...

Obs.: Terminassem e não paraCem!!!!!!
Estou com sono...sei que não é desculpa, mas...

Anônimo disse...

"na santa paz de Deus, no mais perfeito caos"
qual a diferença?
Às vezes a gente precisa matar uns humanos, pois "O senhor da guerra não gosta de crianças" e assim, "não teremos mais problemas com a superpopulação"
"LEmbre-se sempre que Deus está do lado de quem vai vencer"