A jardinagem entrou na minha vida em 2017 com uma violeta, brinde do
dia internacional da mulher. Ela não escolheu ser presente, a planta
chegou em minhas mãos com um aspecto belo e comercial. Depois as
flores caíram e passei meses cuidando das folhas.
Vez ou outra alguém colocava água demais, afogaram-na duas vezes no
período de um ano. Cuidei pacientemente para que voltasse ao normal.
Água em demasia num fim de semana, um mês em recuperação. Mas a
vida não é só desgraça e raiva da alma caridosa enxerida que
quase mata minha planta. Nesse primeiro ano ao meu lado, a violeta
floriu duas vezes: veio roxa, floriu branca com bordas roxas, agora
prepara seus botões. Somente água na medida certa, nada de adubo
até a última semana antes do seu “aniversário”, quando recebeu
sua primeira dose de bokashi. Esse tipo de adubo é ótimo para
orquídea, a violeta recebeu porque também a cultivo no local de
trabalho, onde ambas vivem.
Cultivando violeta e orquídea percebi que a violeta é muito mais
reativa, fica fácil perceber o que se passa com ela. Já a orquídea
desenvolve-se lentamente, não sei se reguei bem, se ela gostou do
local, demorou cinco meses para brotar uma raiz. No geral devo cuidar
bem. Enquanto a violeta muda de uma semana para a outra. Por isso
achei uma ótima planta para iniciação em jardinagem.
Todas as plantas exigem disciplina quanto a cuidados. Violeta suporta
no máximo duas regas por semana nas estações quentes, gosta de
solo seco, pouca água nas regas, nas estações frias o ideal é
regar uma vez por semana. Ela não tem limite de absorção, com água
demais suas folhas amolecem e suas raízes podem apodrecer.
Orquídea é outra espécie que gosta de pouca água e luz indireta.
Cuido para que seu cachepô não acumule água, quando é dia de
regar e já tem água no fundo, descarto a água e não rego. Faço o
mesmo com a violeta.
Decidi cultivar hortelã, ela gosta de solo sempre úmido e muito
sol. Fica fora de casa e rego um pouco quando o solo está seco.
Acompanhando a hortelã, chegou o tostão, também conhecido como
dinheiro em penca. Um arbustinho de caule vermelho e folhas pequenas
que gosta de sol e umidade. Cultivo-os a menos de um mês.
Meus pais sempre gostaram de planta, mas o incentivo que faltava para
a jardinagem veio do entusiasmo de uma amiga de trabalho, aquela que
me deu um pouco de bokashi. Por causa dela já planejo montar um
terrário em junho. Material não é difícil conseguir: descobri em
casa musgo e aspargo samambaia, plantas boas para terrários; já
tenho um aquário pequeno vazio desde os tempos em que desisti de
cuidar de peixes, algumas decorações pequenas. Terrário fechado
precisa de água a cada dois ou três meses, o maior trabalho depois
de montado é cuidar do tamanho das plantas.
Será que um dia resolvo cultivar bonsai? Exigem inúmeros cuidados.
Meu primo Fernando, em Brasília, certamente me apoiaria. Por
enquanto vejamos como me saio com plantas de porte pequeno. No último
oito de março ganhei uma kalanchoe, ficará bonita em casa. Até
agora minha violeta está de prova de que sei cuidar de seres
clorofilados.
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