quarta-feira, agosto 17, 2022

Serra dos Limas, bairro de Andradas, 17 de agosto de 2022

Éramos 9 na pousada, eu e mais 2 saímos 6h25 da manhã. Os outros 6 eram um grupo e pegaram carona até a entrada da cidade de Andadas, isso dá 6 Km. Esse grupo pediu para traslado de mochila, eles hoje caminham 27 Km. Meus dois companheiros do início de caminhada, Rogério e Lourenço, também caminham 27, ficam na mesma pousada. Eu hoje caminho 21.

Descidas até entrar na cidade, passando em frente um hotel parei para tirar meu casaco corta vento e me distanciei dos colegas. Tem uma igreja que carimba a credencial, mas não quis entrar. Atravessei a cidade e já na zona rural encontramos uma capela de Nossa Senhora de Guadalupe com banheiro. Foi também um alívio ver a seta depois de tanto andar. Fica pouco antes do quilômetro 282, a metade do meu caminho. O grupo inteiro descansou um pouco nos bancos e soube que estava a frente de Rogério e Lourenço, que entraram na igreja na cidade. Deixamos o local eram 9h6.

Eu não estava com muita fome, mas tinha preparado um lanche para comer na metade do caminho. Procurei um lugar tranquilo para comer e encontrei uma árvore próxima a uma seta pouco antes do quilômetro 280. Após penar numa subida depois do quilômetro 278, encontrei Marcelo e Glaucia sentados ao pé de um morro que disseram ter 2 quilômetros. O morro é asfaltado e sinuoso, é a Serra dos Limas. Tomei a água do meu cantil, descansei 15 minutos e fui. Parei no quilômetro 276, no meio da Serra, com uma capela de Nossa Senhora de Lourdes e água potável. Ali tomei mais água, enchi meu cantil e esperei religiosamente trinta minutos. No fim da espera encontrei três ciclistas que também pararam lá e avisei que no alto da estrada tinha um bar. Consegui subir a serra com relativa facilidade, encontrei 4 colegas da pousada no bar e pedi uma Fanta. Eles já estavam de saída quando cheguei. Os ciclistas me alcançaram no bar e pararam um pouco lá também. O bar tem um mirante.

O Caminho da Fé testa a perseverança da gente. Pensamos horrores para atravessar distâncias e morros e somos compensados com paisagens deslumbrantes.

Quatro quilômetros adiante, com descidas e trechos retos, no pé de uma descida encontrei a pousada da Dona Natalina. Cheguei 13h15. 

Falei com meu pai, tomei banho, lavei roupa, almocei, agora é descansar para os próximos 20 quilômetros de amanhã.

 

2 comentários:

Anônimo disse...

Que bom que está tirando de letra… a perseverança é testada o tempo todo… é uma grande jornada

Silvana disse...

Ahhhhh… que saudade desse caminho. Festa para os olhos e para o coração… a perfeição de Deus em cada detalhe do caminho. 🙏🏻