A
cadeira do meu quarto chegou, montei sozinha, passou a Páscoa, a
quarentena no Estado vai até dia 22, estou em férias até dia 5 de
maio, o barbante laranja acabou.
Montar
a cadeira do quarto sem pedir ajuda para meu pai foi uma conquista e
tanto. O modelo é bonito, simples e confortável. Depois de montada
só fui usar mesmo para estudar passado o segundo dia.
Pouco
antes da semana santa começar vinha batendo uma preguiça e nós
três já não rezávamos 21h30. A partir da quinta-feira santa,
minha mãe acompanhou todas as celebrações da paróquia local pela
página da igreja no Facebook, no computador da sala. Deixei de
lembrar do nosso terço 21h30 porque todo dia acompanhávamos uma
celebração, já nos conectávamos com Deus e rezávamos de acordo
com o padre.
O
almoço da sexta-feira santa foi fabuloso: dia do meu amado macarrão
com sardinha. Gosto tanto do prato que até peço em alguns finais de
semana, mas minha mãe vive descartando. Talvez por ser simples
demais, talvez por eu não pedir outra coisa quando lhe falta ideia.
O dia oficial da iguaria é sexta-feira santa. A vontade de comê-la
ainda não foi tamanha a ponto de eu mesma prepará-la para quem
estiver comigo em casa, embora faça algumas raras vezes.
Domingo
de Páscoa não teve chocolate. Porém precisava de um doce de manhã
para dar para meus pais, algo especial. Tapioca doce para nós três:
recheio de beijinho, ou seja, leite condensado e coco ralado. Qual a
melhor forma de aproveitar o resto do recheio? Afinal abri uma lata
de leite condensado e usei três colheres do pacote de coco ralado
que estava aberto há tempos no armário. Nesse domingo de Páscoa
fiz meu primeiro beijinho. Minha mãe me ensinou a encontrar o ponto
do doce. Meu pai tirou aquela foto bonita que publiquei no Facebook
oferecendo beijinho de Páscoa para os amigos. Minha tia vizinha
também saboreou alguns beijinhos, a maioria comemos até
terça-feira. Somente depois de fazer essa receita passei a comer o
doce com o cravo da índia, antes tirava. Fica refrescante, menos
enjoativo, muda bem o sabor, um gosto refinado. Beijinho é tudo de
bom, o primeiro tem um sabor especial.
A
quarentena estadual ia até dia 7 de abril, foi estendida até dia
22. No trabalho a documentação do aviso de férias ainda não
chegou para eu assinar, porém estou sim em férias; posso ficar em
casa tranquilamente até dia 5 de maio.
Minha
vontade de presentear as amigas é maior que a quantidade de barbante
laranja. Se fosse presentear Lisandra, precisaria comprar mais
barbante colorido. Ela até agradeceu a intenção do presente, mas
sugeriu que fizesse algo útil para quem passa por dificuldades. Na
hora lembrei dos casaquinhos de bebês para grávidas carentes que a
Federação Espírita do Estado de São Paulo ajuda. Ainda tenho lãs
e botões que sobraram do casaquinho que fiz para meu sobrinho.
Lisandra me lembrou de que ainda posso me divertir fazendo caridade;
dessa vez sem sair de casa, e quantas vezes quiser durante a semana:
posso fazer casaquinhos e sapatinhos de crochê para bebês carentes.
Desde janeiro não faço trabalho voluntário, o pedido de Lisandra
era o que faltava para retomar essa prática de outra forma.
O
trabalho voluntário não é pra ontem, é para depois dos meus
caprichos. O presente da Lisandra e de outra amiga pode esperar
indefinidamente, elas não esperam nada mesmo. Para mim tenho duas
bolsas de lacre de latinha começadas e um jogo americano em crochê
que quero ver o resultado. Depois disso parto para os casaquinhos e
sapatinhos.
Esses
projetos de crochê vão além das férias, quando voltar ao trabalho
normal quero separar uma meia hora diária para seguir na ativa.
Ontem
ocorreu o primeiro encontro com os colegas do curso do livro de Leon
Denis no grupo de Whatsapp. Durou uma hora nossa aula virtual. Depois
me animei e voltei a rezar com meus pais 21h30 contra a pandemia,
vibrando suporte para a saúde e os governantes.
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