Começo a escrever na van, retornando com o grupo para casa. Depois de 3 anos de início, finalmente concluí o Caminho da Fé, cheguei ao santuário de Nossa Senhora Aparecida.
O fim fácil que nunca chegava, os joelhos e panturrilhas em frangalhos, travadas até não poder mais, a primeira vista do Santuário depois de atravessar o rio Paraíba, o almoço antes de chegar na igreja, os quilômetros que se anda até pegar o certificado de conclusão do caminho, a missa das 14h com um sermão acolhedor que eu precisava ouvir e no final a benção dos objetos. Pedi para abençoar meu bastão de caminhada e meu cantil.
Também pedia para rezar por todos que pediram por nossa intercessão, e me lembrei de Aparecida, em 2019, lá no ramal de Mococa, que pediu para rezar por ela. Lembrei de todos que moram comigo, e dos meus sobrinhos. Todos foram abençoados com minha chegada em Aparecida.
Caminhar é muito bom e quem começa quer repetir a dose. Por isso tantas pessoas se prendem a um caminho, uma rota, tentando reviver os passos de forma melhor. Sim, o Caminho da Fé é encantador e árduo, mas já aprendi tudo o que queria com ele.
Minha próxima rota será Santiago de Compostela em 2025, um caminho português. Até lá o universo há de conspirar a favor de eu trilhar essa rota de uma vez só. Conhecer o mundo com 3 mudas de roupa e muito preparo físico. Manter corpo, mente e espírito sãos.
Minhas amigas entenderam na pele de onde vem a suposta loucura de caminhar dezenas de quilômetros todo dia carregando uma mochila. É um meio de superação. Vencer distâncias, vencer seus limites interiores. Um exercício de solidariedade e humanidade, para provar que você é mais um na multidão.
Obrigada Deus, Nossa Senhora, meu anjo da guarda, e todos que me acompanharam nesse caminho abençoado!
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