Ontem chegamos em Jacutinga 22h, depois do banho, arrumar a mala e escrever, fui dormir 1h.
Hoje acordamos 5h35. 6h30 Silvana e eu fomos as primeiras a chegar na Casa do Peregrino. Na verdade uma mulher saiu 6h sozinha. Aguardamos a chegada dos integrantes dos dois grupos, rezamos e partimos 7h.
Plantação de rosas, vários morros, garoava mas não chovia. A chuva começou a cair forte 10h, quando cheguei com Marlene no Bar da Léia. Ela e eu caminhamos na frente dos grupos. Ela conhece o percurso, mora em Jacutinga, faz o Caminho da Prece pela segunda vez. Tentei usar o aplicativo Wikiloc no início mas como já havia caminhado até chegar na Casa do Peregrino, ele me mandava voltar pro hotel.
No Bar da Léia encontramos Poli, que trouxe o cajado que Marlene pediu. Tomei um picolé de limão, ela tomou café, esperamos a chuva suavizar um pouco e partimos. Chegamos no bairro Peitudos, de Ouro Fino, 11h39. Lá almoçamos na casa do Salvador e da Sirlene, que cuidam desse ponto de apoio no caminho, junto com o mercado Nossa Senhora, que carimba a credencial.
O grupo em que não estou fará o Caminho da Prece em 2 dias, depois seguirá para Bom Repouso. Depois de almoçar esperamos alguns peregrinos, partimos junto com a chuva. Ao chegarmos a chuva parou, não choveu durante o almoço.
O percurso após o almoço era muito plano, chegamos no Bar da Ponte Preta em Ouro Fino às 14h15. Aí terminou nosso percurso do dia, foram cerca de 26 Km. Já o segundo grupo seguiu para Inconfidentes.
Algumas pessoas acharam ruim esperar os últimos por pouco mais de 1h. Eu e Marlene esperamos a van por 2h. Vocês vão muito rápido! Eles caminham de vagar demais, parecem que estão passeando! Não é bem assim. Estamos todos viajando, ninguém veio por obrigação. Cada um tem seu ritmo, e quem anda rápido precisa esperar quem fica atrás porque estamos em grupo, o organizador não pode abandonar ninguém. Os discípulos de Cristo não vieram ao mundo para serem servidos como clientes especiais, mas para amar ao próximo e servir. Na peregrinação não é o mundo que se adequa aos meus desejos, sou eu quem suporta as adversidades e segue adiante rumo a novos horizontes.
Após um dia em baixo d'água, concluí que prefiro chuva torrencial a sol escaldante. Chuva refresca o ambiente e nos mantém quentes dentro da capa. Meu pé chegou a nadar na bota com tanta chuva que tomei, mas não ganhei nenhum machucado. Nenhum músculo meu doeu, mas usei pomada de arnica após o banho só pra relaxar. Emprestei minha mochila de ataque para Marlene, carreguei os 5 Kg da minha mochila normal sem problemas.
Amanhã retomamos o percurso a partir do Bar da Ponte Preta. O final nos brindará com um morro íngreme. Hoje não rezei pelo caminho, apenas o contemplei.
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