No
início do dia os metroviários cancelaram uma greve. O metrô abriu
mais tarde. Eu havia acordado cedo para preparar café da manhã para
todos em casa, lavar louça e tratar dos passarinhos antes de sair.
Com a notícia apenas preparei o café da manhã, deixei a louça e
os animais para quem ficou em casa. Cheguei no trabalho mais cedo que
o habitual, mesmo tomando ônibus; que não estava lotado.
Minha
surpresa no escritório, quando nem sabia que iria para outra
divisão, foi ver as plantinhas bem cuidadas por Elisângela, da
limpeza. Mandei foto do nosso jardim para minha amiga Lisandra. Para
o novo local de trabalho levei a violeta mais nova, comprada para os
últimos dias da minha amiga Paula na Terra. Ela recebeu a foto da
violeta e uma poesia no hospital.
A
violeta da Paula me acompanha nesses novos tempos. O lírio da paz
passará a semana na minha cômoda e o fim de semana na garagem com
as amigas. Ele é meu companheiro de Evangelho no Lar. Queria levá-lo
para o escritório se voltasse ao meu local habitual de trabalho,
porém o local atual é temporário.
Quem
secretariava a nova divisão que assumo entrou para o grupo de risco.
Quando a situação se normalizar, quando a colega sair do grupo de
risco ou a pandemia passar, a situação muda novamente.
Não
sei que plantinha levarei comigo, não imagino qual será meu estado
de espírito.
Nos
130 dias de quarentena eu cresci e floresci. Estou melhor, feliz com
a vida, aproveitando o presente a cada dia, seguindo meu coração,
procurando viver de forma coerente.
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