Hoje
faz uma semana que voltei de férias e iniciei a experiência de
trabalhar remotamente. Gerencio agenda, aviso pessoas sobre as
reuniões.
Como
não precisaria sair de casa, no segundo dia de trabalho pintei o
rosto. Geralmente trabalho de cara lavada, muito bem hidratada de
manhã. Protetor solar só vejo quando saio, deixei de usar todo dia.
Nessa
semana aprendi a usar melhor as ferramentas do celular, conheci um
programa novo. Ambiente tranquilo, ritmo de trabalho suave, sem ver
as flores do Pão de Açúcar, sem encontrar os perueiros oferecendo
transporte ilegal para a praia.
Ontem
o presidente e o ministério da economia ampliaram a gama do que é
considerado serviço essencial: barbearia, salão de beleza e
academia também prestam serviços essenciais. O Brasil passa a marca
de 12 mil mortos pela COVID 19, muitas cidades e Estados acirram o
confinamento. Na cidade de São Paulo, para evitar a circulação, o
prefeito criou novo rodízio de veículos: carros pares saem nos dias
pares, ímpares no dias ímpares. Em meio a isso vem a possibilidade
de colocar mais gente para trabalhar, mais pessoas circulando, mais
pessoas em risco, mesmo com o sistema de saúde entrando em colapso.
O
governo federal pensa no bem de que povo? O governo sabe mesmo o que
é essencial para viver? Com esse histórico mestre em esbanjar
recursos que não lhe pertencem?
Ainda
estou em ritmo de férias, não me acertei com a rotina e me atraso
para entrar no trabalho. Mesmo em casa. Continuo prestativa,
disponível no meu canto, procuro não incomodar a equipe. Uma das
minhas qualidades que descobri ao sair de férias ano passado foi
essa: dificilmente incomodar os colegas.
No
ambiente marco presença, sou alegre, porém fico na minha bolha,
entrego o que me pedem, dificilmente ofereço serviço. Por outro
lado recusar serviço não é comigo. Se não sei vou dar a cara a
tapa e aprender na marra. Assim é meu aprendizado, preciso errar e
penar um pouco para fixar os conhecimentos.
Essa
primeira semana na vida de home office foi de muito aprendizado.
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