domingo, janeiro 08, 2017

Salto, 7 de janeiro de 2017


Enfim chegaram os temidos 28 Km.
Na noite anterior pedimos para Rute nos servir o café da manhã de hoje às 6h. Ela aceitou porque somos um grupo pequeno, não é necessário preparar muita coisa. Porém avisou que se aparecêssemos 6h10 ela iria ralhar conosco. Atravessei o breu entre o quarto coletivo e a cozinha com a lanterna do carregador solar, 5h45 apareci com mochila e tudo. Silvana veio 5 minutos mais tarde e começamos tomar café. Os rapazes chegaram aos poucos, o ultimo foi Edward. Ele achou um comprimido que perdi no quarto enquanto me arrumava para sair. Como já havia terminado de tomar café, peguei o comprimido e parti sob um nascer do sol lindo. Fiz isso porque sei que sou a mais vagarosa do grupo, cedo ou tarde todos me passariam. Me despedi dizendo que a gente se encontrava no caminho.
Para não me perder nem sofrer por ansiedade, me concentrei nos pontos marcantes do caminho. Memorizava um ou dois e caminhava esperando que chegassem. Silvana, Osvaldo e Guerino me alcançaram antes do primeiro ponto.
Meus tornozelos resolveram doer. Primeiro achei que o cano da bota estava muito folgado, apertei. Aproveitei a parada e fotografei a primeira vista de Salto. Um tempo depois achei o tornozelo esquerdo muito apertado, ajustei novamente a bota. Pouco tempo depois os três me alcançaram.
Ao entrar na cidade perguntei a um morador se havia alguma farmácia na rua Japão. Ele respondeu que não, porém indicou uma duas quadras à esquerda do primeiro farol. Lá comprei hidratante com Aloe Vera, pois na noite passada meu braço começou a arder por tomar muito sol. A localização da farmácia é privilegiada: em frente há uma loja de salgadinhos, doces e bebidas onde tomei iogurte de pêssego e outro de morango. Voltei ao caminho 9h25.
Os pontos do caminho passavam, e nada do Edward me alcançar. Sabia que ele tinha saído por último, mas comecei a desconfiar que houvesse desistido. Não faria muito sentido. Deixei a ideia de lado e continuei caminhando.
No Bar do Pedro carimbei o passaporte e tomei Fanta Maçã Verde de canudinho, pra demorar mais. Um cliente do bar disse que o trio que chegou primeiro ficou 5 minutos no bar e já estava mais a frente. Aproveitei a parada e passei protetor solar pela terceira vez no dia, a segunda foi no banheiro da farmácia. Também olhei o grupo de Whatsapp e li a mensagem de Edward dizendo que hoje ele faria uma caminhada mais contemplativa. Quando saia do bar ele chegou, rapidamente pegou o carimbo e tomou cerveja. Aproveitei para cumprimenta-lo e tirar foto com o mais novo símbolo sex do grupo. Hoje ele tornou-se Sex-agenario.
Caminhamos juntos os últimos 4 Km do caminho e chegamos na Chácara San Marino 13h30. Ganhei um escalda pés e tomei um suco verde maravilhoso. Osvaldo, Silvana e Guerino já se encantavam com o almoço caseiro, enquanto almocei eles se maravilhavam com as sobremesas. Surpreendentemente Dona Orlandina ainda ofereceu café.
Eu não exagerei no almoço, dispensei a sobremesa – já havia comido o suficiente – e enchi a cara de suco: um terceiro copo de suco verde, outro de limonada, o último de maracujá.
Resumindo: o percurso mais longo foi o mais tranquilo de todos.

P.S.: Peço desculpas e esclareço que esta abobrinha não foi postada ontem porque não havia um bom sinal de internet na Chácara. Até mesmo telefonar estava difícil. Porém o acolhimento e local da Chácara San Marino são tão ótimos quanto a comida.


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