Cansar de contos de fadas. Não aprendi nem quero aprender. Admiro a capacidade dos autores de driblar toda ironia e ardilosidade adulta para transmitir mensagens que até os espíritos mais puros conseguem entender. Verdades universais, mensagens morais, filosofia, mitos, tudo encantado num conto. O trabalho dos escritores de fantasia é árduo e belo.
Numa bela tarde de fim de semana, lá estou na sala acompanhando minhas primas em frente o último filme infantil. Quando elas não emprestam algum para assistir mais tarde. Não me envergonho nem me orgulho desses fatos, vejo como algo naturalmente frívolo da minha parte.
Antes dos filmes haviam discos de vinil. Um dos primeiros contos que ouvi não era o primeiro do lado daquele disco em questão. Dois contos em cada lado: o que mais gostava no disco inteiro era a segunda história. Lá encontrei pela primeira vez o que tenho dificuldade em aprender. Será que é tão difícil assim assimilar a canção?
“Um conselho vou te dar
quero ver-te feliz cantar
vai-te embora procurar
que amigos hás de encontrar”
Tornando a mensagem mais direta: Procura a sua turma, pato!
A história mostra que a sua turma lhe reconhece um cisne. Portanto encontre-a ou seja um feio errante o resto da vida.
Confesso que no meu caminho encontro algumas turmas e acompanho-as por um tempo. Contudo ultimamente tem sido necessário revisar meu conto preferido e errar desengonçada como um patinho em busca de novos amigos. Por isso a sensação de que ainda não aprendi a lição.
Um comentário:
O segredo é ser como os patos (ou cisnes) selvagens. Voe com um bando por algum tempo. Depois, se a vida quiser te levar para outras paragens, despeça-se sem tristeza e siga seu caminho. Você encontrará outros parceiros com quem voar.
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